Os torcedores de Flamengo e Bahia que acompanharam o jogo deste domingo, no Maracanã, não saíram os mesmos. Válido pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro, o confronto reservou emoções do início ao fim, com direito a duas viradas, sete gols e duas expulsões.
E a virada fatal veio através de um bravo Rubro-Negro, que se superou com um a menos durante boa parte da peleja e venceu por 4 a 3, com gols de Bruno Henrique, Isla, Pedro e Vitinho. Gilberto (2) e Índio Ramírez marcaram para o Tricolor.
O domingo no Maracanã foi eletrizante desde o apito inicial. O Flamengo não precisou de muito tempo para abrir o placar, com Bruno Henrique, em belo chute de fora da área e dava mostras de que teria facilidade para chegar ao triunfo. Gabigol ainda desperdiçou boa chance antes dos dez minutos, mas acabou sendo protagonista por um cartão vermelho.
O árbitro Flávio Rodrigues identificou xingamento e expulsou o atacante, que se revoltou. A vantagem numérica fez o Bahia se mandar para o ataque, pressionar e dar espaços bem utilizados pelos donos da casa. Assim, Bruno Henrique recebeu de Gérson para ficar livre dentro da área e servir Isla: 2 a 0. O camisa 27 ainda teve tempo para desperdiçar chance clara antes do intervalo após passe de Arrascaeta.
O Bahia voltou para o segundo tempo a mil por hora, e o Flamengo não conseguiu manter a organização defensiva. O resultado? Três gols em oito minutos, dos 5 aos 13, e virada no placar. O colombiano Índio Ramírez, que depois foi acusado de racismo por Gérson, fez o primeiro, e Gilberto novamente ocupou o papel de carrasco com um lindo chute de fora da área e um gol de cabeça em escanteio. Virada dos visitantes.
Um dos melhores em campo, Gérson chamou a atenção na partida do Maracanã não somente pelo que fez com a bola no pé. Desde o primeiro tempo, o volante foi líder da equipe em campo com orientações e foi figura central de crime de racismo no Maracanã. No início do segundo tempo, o jogador discutiu com o colombiano Ramírez e com o treinador Mano Menezes. Já nos minutos finais, após o 4 a 3, fez sinal com a mão de “fala muito” para Mano, que seguia discutindo. Ao apito final, revelou que foi vítima de racismo: