A juíza Alethea Assunção Santos, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, negou o pedido de habeas corpus de Vitória Gomes de Jesus durante audiência de custódia. Ela foi condenada por aplicar golpes na internet. Vitória estava foragida desde 2023 após ser alvo da Operação Gênesis e foi capturada pela polícia na última quarta-feira, 23 de abril. A polícia identificou que ela usou o dinheiro para fazer procedimentos estáticos e colocar prótese de silicone. A decisão é desta quinta-feira, 24 de abril.
“Ademais, diante da prolação de sentença penal condenatória, com a fixação de pena de 11 (onze) anos de reclusão, a ser cumprida em regime fechado, mostra-se adequada a manutenção da custódia cautelar. Dessa forma, indefiro o pedido de revogação da prisão preventiva formulado pela defesa”, decidiu.
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O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) se manifestou contra o pedido de Vitória, já que ela foi condenada a uma pena alta e a justiça não deixou que ela recorresse da pena em liberdade.
“Aberta vista ao Ministério Público, o representante ministerial manifestou-se pelo indeferimento do pedido defensivo, requerendo a manutenção da prisão preventiva, sob o argumento de que, na sentença condenatória, foi expressamente negado à acusada o direito de apelar em liberdade, além de destacar que a ré não possui dependentes e não apresenta condições de saúde que justifiquem a substituição da custódia”, manifestou.
A magistrada seguiu a manifestação do MPMT.
Sobre a prisão
Vitória Gomes foi presa no bairro Morada da Serra, em Cuiabá, enquanto estava com o marido. Ela foi condenada em um esquema que acumulou mais de R$ 1 milhão em golpes por mais de 15 estados do Brasil.
Foi identificado por conta dos lucros com os golpes, ela realizou diversos precedimentos cirúrgicos, além de adquirir bens. Ela colocou próteses de silicone, que custou cerca de R$ 17 mil, e compartilhou nas redes sociais.
