Mato Grosso deve ter uma safra de grãos de mais de 101 milhões de toneladas neste ano, apontam os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgados na última semana. Atualmente, os produtores estão cultivando a segunda safra, depois da primeira safra de soja. Também há produtores que realizam a terceira safra com ajuda de pivôs de irrigação.
A temporada de plantio em Mato Grosso começa em setembro, quando a soja é semeada, que tem um ciclo médio de 120 dias. Posteriormente, é plantado a segunda safra na mesma área, geralmente de milho ou algodão. Já a terceira safra é cultivada também na mesma área, onde os produtores têm preferência pelo feijão irrigado.
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O carro-chefe dos agricultores é a soja, que teve uma produção de 49,6 milhões de toneladas, conforme os números da Conab. O valor representa uma alta de 26,1% em relação à safra anterior, que foi duramente afetada pelo clima atípico. A segunda cultura é o milho, que deve alcançar a produção de 46,7 milhões de toneladas, retração de 4,1%.
Na terceira colocação vem o algodão em caroço, com 3,8 milhões de toneladas e 2,7 milhões de toneladas de pluma. Ambos os produtos tiveram um aumento na produção de 1,7%. O arroz vem em seguida, com uma produção de 408,4 mil toneladas, 21% a mais que em 2024. O sorgo teve um aumento de 2,4 e chegou a 403,7 milhões de toneladas.
A produção de feijão permaneceu praticamente estável, com uma leve variação de -0,7%, em 330 mil toneladas. O gergelim vem logo em seguida, com uma safra de 219,3 mil toneladas, redução de quase 11% em relação à safra anterior. O girassol é a cultura que mais perdeu espaço nas lavouras de MT, com redução de 30,2% e produção em 6,7 mil toneladas.
Ainda segundo a Conab, o clima tem favorecido as lavouras de Mato Grosso. Em março deste ano, Mato Grosso teve chuvas acima de 150 milímetros, o que ajuda na manutenção da umidade no solo. Ademais, para os próximos meses, a expectativa é de chuvas levemente abaixo da média em Mato Grosso, exceto a região Centro-Oeste do estado, onde deve chover mais.
“O regime de chuvas ainda está de acordo com a exigência do cereal e espera-se que abril e maio tenham chuvas suficientes para manter o desenvolvimento reprodutivo do milharal semeado fora de janela. A cultura apresenta bom vigor no desenvolvimento vegetativo e início de florescimento, sem ocorrências anormais de pragas e doenças”, diz a Conab.