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Economia Sexta-feira, 23 de Setembro de 2022, 07:00 - A | A

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TURBINAR A ECONOMIA

Investimento "gringo" em MT deve disparar após as eleições, aponta presidente da Fiemt

Potencial de crescimento da agroindústria, geração de energia e produção de alimentos devem receber maior aporte de investimentos

Felipe Leonel

Repórter | Estadão Mato Grosso

O mundo está de olho em Mato Grosso, com investidores buscando cada vez mais aplicarem seus recursos na agroindústria mato-grossense, na geração de energia e de alimentos. A avaliação é do presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Gustavo Oliveira, que acredita em maior volume de investimentos após a eleição presidencial.

A declaração de Gustavo foi dada durante a entrega de um documento com as prioridades da indústria mato-grossense ao governador Mauro Mendes (União Brasil), candidato à reeleição. A visão diferenciada que os investidores têm do estado, avalia o presidente da Fiemt, se dá em razão dos investimentos públicos feitos na gestão atual, além dos privados.

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O estado está em primeiro lugar no quesito de solidez fiscal no estudo feito pela consultoria Tendências e Centro de Liderança Pública (CLP). Além disso, tem uma série de investimentos em andamento para melhoria das rodovias e também na construção da ferrovia estadual, mais uma possibilidade de as empresas escoarem seus produtos com menor custo logístico.

“Tem muito estrangeiro andando por Mato Grosso, investindo na agroindustrialização. Isso é uma realidade que a gente percebe aqui. O que a gente tem tido de sondagem de empresas de outros países, que estão vindo para Mato Grosso, que estão olhando para o estado, no cenário da produção de energia e produção de alimentos, é muita coisa”, afirma Gustavo.

Durante sua apresentação, o presidente da Fiemt ainda lembrou das missões internacionais que ele fez durante o ano, com destaque para o Japão, onde economistas daquele país apontam que as empresas que pretendem continuar crescendo terão que reorganizar suas cadeias produtivas, transferindo investimentos para outros países, dentre eles o Brasil.

A preocupação levantada por Gustavo em relação ao Brasil é em relação às contas públicas em 2023. Isso porque os gastos públicos devem aumentar em 2023, enquanto a arrecadação deve apresentar queda. Entretanto, Mato Grosso encontra-se em posição privilegiada, pois conta com recursos para investimentos públicos e um cenário político-econômico que atrai mais capital privado.

Gustavo também lembrou que, nos últimos anos, cerca de 70% das prefeituras brasileiras precisavam “fazer mágica” para pagar a folha do funcionalismo, situação que mudou durante a pandemia, pois houve muita transferência de recursos da União para Estados e Municípios, além da inflação, que ajudou a ‘turbinar’ a arrecadação em um primeiro momento.

Porém, esses efeitos são passageiros. Gustavo avalia que os gestores que não ‘fizeram o dever de casa’ devem sofrer no próximo ano. A expectativa é que o fim da disputa eleitoral libere o fluxo de investimentos a partir do próximo ano.

“Não vai ter capacidade de investimento. Estamos tendo esse efeito eleitoral. O [Henrique] Meirelles deu uma declaração de que apoia um eventual governo Lula, isso fez o dólar cair, deu uma balançada nos mercados. [...] Acho que foi uma sinalização, depois que acabar esse período eleitoral, esse Fla-Flu, o estrangeiro vai olhar pra cá já com um cenário mais definido”, disse.

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