Os municípios de Rondolândia, Juína, Aripuanã, Colniza e Comodoro estão autorizados a exportar carne bovina para o Canadá. Além de Mato Grosso, os estados do Acre, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia e 14 municípios do Amazonas estão habilitados. Santa Catarina, que já estava habilitada, continua como região elegível. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 5 de fevereiro, pelo Governo Federal.
De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), após uma análise criteriosa realizada pela Agência Canadense de Inspeção Alimentar (CFIA), o governo recebeu autorização para ampliar as exportações para o país. As regiões selecionadas foram recentemente reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (WOAH) como zonas livres de febre aftosa, sem necessidade de vacinação.
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Ao Estadão Mato Grosso, Francisco Manzi, diretor técnico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), aponta que mais de 70% da produção brasileira fica no mercado interno, mas a conquista de novos destinos é importante para uma atividade de longo prazo, que é a produção de carne bovina.
"O mercado Canadense é um destino muito importante para o Brasil, por ser um reconhecimento da qualidade e sanidade brasileira. Vários países se utilizam do mesmo protocolo sanitário dos países da América do Norte, e a importação por eles significa um visto para cada vez mais mercados", avalia Manzi.
De acordo com o Mapa, a partir de agora, será necessário atualizar os certificados para assegurar a conformidade com os requisitos estabelecidos. "A qualidade reconhecida da carne bovina brasileira, aliada ao cumprimento das exigências internacionais de saúde animal, consolida ainda mais a posição do Brasil como um player de destaque no mercado global de exportação de carne”, ressaltou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Roberto Perosa.
Para Mato Grosso, o diretor técnico da Acrimat, o reconhecimento canadense, levando em conta essa exigência, é um indicativo de que em breve a carne produzida em todo o estado poderá alcançar mais esse importante mercado. "Cada novo mercado conquistado é um estímulo aos produtores para produzir mais e com eficiência", pontua.
Pensando no futuro, Manzi lembra que em 2022, os demais municípios do Estado efetuaram pela primeira vez a vacinação contra a enfermidade e até 2026 deverão atingir o mesmo status. "Para a logística de transporte, apenas as indústrias habilitadas para receber animais das regiões elencadas com guia de trânsito e nota fiscal garantem a origem das áreas livres. Essa é a garantia brasileira que explica por que somos o maior produtor e exportador de proteína animal do mundo", conclui.
Em 2023, o Brasil exportou carne bovina no valor de mais de 10,541 bilhões de dólares, correspondendo a 2,28 milhões de toneladas. O Canadá importou US$ 39 milhões em carne bovina brasileira (8.192.380 kg), registrando um aumento de 84% em comparação com 2022.