O Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a prisão do médico Bruno Gemilaki Dal Poz, de 28 anos, preso por envolvimento na morte de dois idosos, após invasão a uma casa em Peixoto de Azevedo, a 692 km de Cuiabá, em abril.
O pedido de liminar de habeas corpus foi negado pelo vice-presidente do STJ, ministro Og Fernandes. Na decisão, o ministro ressaltou que o tribunal justificou corretamente os motivos da prisão e destacou que uma análise mais aprofundada será feita pelo órgão competente no julgamento definitivo do recurso.
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A defesa de Bruno argumentou que os requisitos que autorizam a medida extrema de prisão preventiva não estavam presentes, mas segundo o ministro, a gravidade do crime justifica a prisão preventiva do médico.
"As circunstâncias dos homicídios qualificados atribuídos ao paciente ostentam gravidade concreta, pois, em tese, envoltos de "elevado grau de reprovabilidade", "brutalidade" e "frieza", porquanto praticado em momento de descontração das vítimas, na presença de várias pessoas" , diz trecho da decisão.
O STJ também solicitou mais informações sobre o caso ao Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJ-MT) e ao Juízo de primeiro grau. Os autos também serão encaminhados ao Ministério Público Federal (MPF) para a emissão de parecer.
Relembre o caso
Em abril, mãe, filho e cunhado foram flagrados por uma câmera de segurança invadindo a casa e efetuando vários tiros. O marido de Ines, segundo a polícia, também estaria envolvido no caso, pois teria dado apoio à fuga. Pelo menos 8 pessoas estavam reunidas na residência. Pilson Pereira da Silva, de 81 anos, e Rui Luiz Bogo, de 69 anos, morreram no ataque.
A mulher foi flagrada por uma câmera de segurança sorrindo e apontando a arma logo após sair da casa. Nas imagens, também é possível o filho dando um tiro em direção à câmera.
Momentos depois do crime, mãe e filho foram flagrados comprando cerveja, água e refrigerantes, na conveniência de um posto de combustível, na cidade Matupá, a cerca de 13 km do local do homicídio, durante a fuga. Uma câmera de segurança da conveniência registrou o momento em que a suspeita apressou a atendente, enquanto falava ao telefone.
Eder Gonçalves Rodrigues, irmão do marido de Ines, também foi preso. Ele foi apresentado em audiência e foi representado o pedido de conversão da prisão em flagrante em preventiva. Essa representação será analisada pelo juízo da Comarca de Peixoto de Azevedo.