Dados da Secretaria de Estado de Saúde mostram que março foi o mês mais letal da pandemia. Superando a soma de mortes registradas entre os meses de novembro de 2020 e fevereiro de 2021, março já confirmou o triste saldo de 1.901. Dessas, 1.215 foram registradas só nos últimos 15 dias. A soma das mortes registradas nos quatro meses anteriores dá 1.800.
Entre os números, já não há mais a prevalência de idosos, grupo mais atingido na primeira onda. É cada vez mais comum o óbito de jovens e adultos sem comorbidades.
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As mortes estão cada vez mais próximas, fazendo vítimas conhecidas, como é o caso da empresária Conceição de Araújo Pinheiro e de seu esposo que era ex-presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Mato Grosso (CRECI), que faleceram com apenas 20 dias de diferença em decorrência da covid-19.
Outro caso foi o da esposa do vice-presidente do Shopping Popular, Sirlei Costa, que há 15 dias faleceu sem ter nenhuma comorbidade, em decorrência dessa doença.
O número de não-idosos que morreram por covid-19 neste mês já é de 21,15%, somando todas as faixas etárias entre 0 e 40 anos, com ou sem comorbidades. No início o medo era apenas que essas pessoas levassem a doença e a transmitisse para pessoas de grupo de risco, agora eles são um risco para si mesmo.
Assim como eles, muitos outros se foram sem ao menos poder dizer adeus a seus familiares. Com a disseminação cada vez mais intensa do vírus, famílias inteiras estão sendo dizimadas. O relaxamento tem tomado conta da população e a preocupação geral está cada vez menor.
Dados das Secretarias de Saúde dos Estados mostram que em todo o Brasil foram registradas mais de 66,8 mil mortes pela doença só neste mês. O número é mais que o dobro do primeiro recorde de mortes, registro em julho de 2020, quando 32 mil pessoas perderam a batalha contra o vírus.