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Cidades Segunda-feira, 09 de Outubro de 2023, 20:37 - A | A

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DIREITOS HUMANOS

Cinco novas empresas de MT são incluídas na lista suja do trabalho escravo

Bruna Cardoso

Repórter | Estadão Mato Grosso

O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou a chamada lista suja do trabalho escravo, na última quinta-feira, 5, e nela está inscrito 14 empresas de diversos municípios de Mato Grosso. A lista foi criada em 2003 e desde então o Ministério faz a divulgação a cada semestre.  Ao todo, na lista há 473 empregadores que submeteram 3.773 trabalhadores a condições análogas à escravidão. Veja a lista completa ao final da matéria.

O maior número de pessoas resgatas, nesta nova inclusão em Mato Grosso, se deu na Fazenda Bom Jesus em Paranatinga, sendo identificadas 14 pessoas em condições precárias e o dono da fazenda é registrado como José Inácio Rodrigues Vargas. O empresário possui a carta de apoio do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), sendo de R$ 3,5 milhões concedido em 2020. O crédito tem o aval do governo, como aponta o MidiaJur. O empresário também acumula multas ambientais desde 2008.

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No semestre anterior, Mato Grosso tinha 10 empregadores inscritos na lista suja do trabalho escravo e nesta última atualização apenas o empregador Adilson Capanema de Freitas saiu da lista enquanto, que outros foram inclusos.

Entraram na última atualização cinco novos empregadores acusados de usar mão de obra escrava em trabalhos em fazendas em perímetro urbano de Mato Grosso. Ao todo, nessas novas cinco inclusões, foram resgatadas 24 pessoas que viviam em péssimas condições de trabalho.

No Brasil todo, nesta nova atualização, foram incluídas 204 novas empresas, sendo a maioria nos estados de em Minas Gerais (37), seguida por São Paulo (32), Pará (17), Bahia (14), Piauí (14) e Maranhão (13).  

PERMANÊNCIA NA LISTA

As empresas e empregadores inscritos na lista suja do trabalho escravo permanecem nela por no mínimo 2 anos, determinado pela Portaria Interministerial Nº 4, de 11 de maio de 2016. Durante o período que a empresa estiver na lista a Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) faz o monitoramento dos empregadores e dos locais onde foram registrados os casos de trabalho escravo.

A SIT busca a regularização das empresas com os trabalhadores e caso a empresa permaneça cometendo o crime o nome do empregador permanecerá na lista suja por mais dois anos.

SAIBA COMO DENUNCIAR

O Governo Federal possui um canal exclusivo para a população fazer denúncias sobre casos de trabalho escravo. As denúcias são feitas através do Sistema IPÊ que permite com que o denunciante não precise se identificar e todo o toda a denúncia pode ser feita pela internet. Além de receber denúncias análoga a escravidão o sistema também recebe denúncias de trabalho infantil. 

Para denunciar trabalho escravo, clique AQUI.

Veja lista completa das empresas inclusas, AQUI.

Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT)

Cadastro de Empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à de escravo 05/10/2023

 

 

 

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