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Brasil Sexta-feira, 06 de Novembro de 2020, 14:19 - A | A

Sexta-feira, 06 de Novembro de 2020, 14h:19 - A | A

AMAPÁ SEM ENERGIA

Quatorze cidades do Amapá continuam sem energia elétrica

Fornecimento de energia foi interrompido por volta das 21h na terça

Agência Brasil

Quatorze cidades do Amapá estão há mais de 60 horas sem energia elétrica. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o apagão foi causado por um problema que, além do desligamento automático nas linhas de transmissão Laranjal/Macapá, causou um incêndio em um transformador da subestação da capital, Macapá.

O fornecimento de energia elétrica foi interrompido por volta das 21h de terça-feira (3). De acordo com a ONS, o transformador que pegou fogo pertence à empresa concessionária Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE), controlada pela espanhola Isolux, e foi totalmente destruído. Como outros dois equipamentos também foram danificados, não houve possibilidade de reaproveitamento das peças para religamento da subestação.

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Comitiva

Na quarta-feira a noite, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANS), André Pepitone, e o diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi, foram ao estado acompanhar de perto a situação. Após se reunir com técnicos e com o governador Waldez Góes, a comitiva ministerial passou a noite em Macapá a fim de visitar a LMTE na manhã seguinte.

Ontem, após inspecionar a subestação destruída pelo fogo e sobrevoar a região, Albuquerque declarou que o pleno restabelecimento do serviço energético deve demorar cerca de 30 dias. Segundo o ministro, entre as medidas em estudo está o transporte de dois transformadores para substituir os equipamentos danificados. Um dos transformadores chegaria ao Amapá dentro de 15 dias; o outro, em até 30 dias.

“Estamos adotando outras ações para trazer geradores para o estado do Amapá, a fim de servirem como segurança ao fornecimento de energia. E também para atender locais especiais naquilo que for priorizado pelo estado”, acrescentou Albuquerque, lembrando que a pasta criou um gabinete de crise para avaliar as medidas adotadas. Além de técnicos da pasta, da ONS e da ANS, participam das discussões membros da Aneel, da Eletrobras e da LMTE. Além disso, a Casa Civil realizou, nesta quinta-feira, uma reunião emergencial da qual participaram representantes de vários ministérios.

Em nota divulgada hoje (6), o Ministério de Minas e Energia informou que um avião C-130 Hércules, da Força Aérea Brasileira (FAB), chegaria no início desta tarde a São Luis, no Maranhão, onde apanhará duas máquinas de purificação de óleo que transportará para Macapá, onde uma terceira máquina do mesmo tipo chegou ontem, de balsa. De acordo com o ministério, é possível que um dos transformadores possa ser acionado ainda esta noite, o que, caso se concretize, permitirá atender a cerca de 70% das necessidades elétricas dos 14 municípios afetados.

Etapas

Segundo o governo estadual, o plano de restabelecimento do fornecimento de energia elétrica está previsto para acontecer em três etapas. Em curto prazo, a prioridade é recuperar o transformador danificado na capital. “A subestação tinha três transformadores (dois responsáveis pelo fornecimento de energia e um terceiro, reserva). Todos estão indisponíveis [até as 18h de ontem], mas um deles teve um dano menor [e está] passando por testes para poder voltar a funcionar. Caso o resultado seja positivo, cerca de 60% a 70% da carga de energia será reestabelecida nos 13 municípios afetados ainda nos próximos dias.”

A ideia para médio prazo, como dito também por Albuquerque, é levar um segundo transformador para Macapá. O equipamento de 100 MWA seria retirado da subestação de Laranjal do Jari, e chegaria à capital em 15 dias – tempo necessário para desmontar o transformador, retirar todo o óleo, transportá-lo por rio e instalá-lo. “A utilização deste equipamento não afetará o fornecimento no município [Laranjal do Jari] que fica no extremo sul”, garantiu o governo do Amapá, em nota em que explica que esta medida garantiria fornecimento integral a todo o estado.

Por fim, a solução em longo prazo inclui a instação de um terceiro transformador que, de acordo com o governo estadual,  está sendo transportado de Boa Vista (RR). “O prazo para este processo é de 30 dias. Este terceiro transformador de reserva garante a segurança energética do estado.”

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