Crítico do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelos seus inúmeros sigilos, o governo de Lula da Silva (PT) colocou em sigilo os nomes das 3,5 mil pessoas que participaram da sua posse, no início de janeiro. O sigilo foi imposto após a coluna Radar, da revista Veja, solicitar os dados ao Itamaraty. O sigilo foi imposto somente em relação às identidades dos presentes no evento. Já os gastos estão disponíveis no Portal da Transparência.
Conforme informações publicadas pela mídia, o Itamaraty argumentou que a divulgação dos dados poderia "colocar em risco a segurança do presidente, vice e respectivos cônjuges e filho" e, por isso, elas devem ficar reservadas. Ainda conforme o Itamaraty, "a lista de convidados para o evento em apreço tem caráter reservado, sob amparo da lei 12.527 (inciso II, art. 23 e parágrafo 2º, art. 24) e do decreto 7.724 (art. 55), que regulamenta a aludida lei."
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A medida do governo provocou diversas críticas. Para Marina Atoji, diretora de Programas da ONG Transparência Brasil, ouvida pelo portal UOL, o governo entra em contradição com seu discurso de campanha, quando criticou duramente os sigilos do ex-presidente.
De acordo com Marina, o evento se tratou de uma cerimônia que não necessariamente discutiu assuntos de Estado. Porém, em casos específicos, alguns nomes poderiam ser mantidos em sigilo sob o argumento de interesse de Estado ou de inteligência.