Saudades de uma festa junina, né minha filha?! O mês de junho é muito aguardado pelas pessoas por causa das tradicionais festas juninas. O ‘crima compretamente nubrado’ favorece a beber quentão, tomar escaldado, comer milho cozido e dividir a maçã do amor com quem se ama.
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Infelizmente, por conta da pandemia de covid-19, este será o segundo ano seguido que sua realização está fora de cogitação. Assim como no ano passado, a festividade segue suspensa para evitar aglomerações e a disseminação do novo coronavírus.
A quadrilha, o bingo e a pescaria, não serão realizados neste ano, mas pelo menos as simpatias com Santo Antônio estão garantidas. A santidade leva a alcunha de ‘casamenteiro’. No passado, mulheres procuravam por ele à procura de um marido.
Como é o caso da dona Josefina, de 70 anos. Ela é natural de Poconé (102 km de Cuiabá), mas mora aqui há tanto tempo que se considera cuiabana. Ela dá dicas de como fazer essas simpatias em casa mesmo sem ocorrer essas festividades. Ela afirma ter feito uma dessas simpatias na juventude.
“Se escreve vários nomes de pessoas que você gosta e coloca nos pés do Santo Antônio. Ai você reza e no outro dia você volta e suspende o santo. O papel que estiver lá, é o do seu pretendente”, conta a poconeana, que afirma ter dado certo quando fez. “Ficou a letra M, inicial de Manuel, nome do meu marido”.
“A mais conhecida de todas é a de deixar o santo Antônio “de castigo”. Você coloca ele de cabeça para baixo mergulhado num copo d’agua e só tira quando ele te trouxer alguém”, explica a idosa.
Algumas outras são feitas no mastro do santo, como a de são João. Dona Josefina esclarece que ela é complicada de se fazer e perigosa, pois exige fogueira. “Se reza o Pai Nosso. Em seguida com uma faca virgem se ‘arrodeia’ a fogueira pedindo pra São João mostrar quem é o seu amor. Depois é só furar uma folha de bananeira, ir no dia seguinte lá e observar a letra que vai sair do leite da planta”.
A neta de dona Josefina, Karoline Lima, de 21 anos, diz que está com saudades dessa época do ano, “Saudade de comer um bolo de arroz e achar uma corrente de Santo Antônio escondida no meio pra quem encontrar se casar. Quando tudo isso passar, quero fazer uma festa junina para comemorar esse tempo todo sem”, finaliza a estudante, ansiosa para comemorar em breve essa tradição.
*Estagiária sob a supervisão do editor Tarley Carvalho