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Saúde e Bem Estar Sábado, 16 de Setembro de 2023, 07:50 - A | A

Sábado, 16 de Setembro de 2023, 07h:50 - A | A

SETEMBRO AMARELO

Especialista dá dicas para evitar que crianças tenham pensamentos suicidas

Depressão infantil é um quadro clínico cada vez mais comum em todo o mundo, que pode desencadear pensamentos suicidas na adolescência ou na vida adulta

Assessoria

Chegamos ao meio do mês de setembro e a campanha “Setembro Amarelo”, dedicada à prevenção ao suicídio vem ganhando força ano após ano. Porém, há um alerta que ainda não ganhou a devida notoriedade: a depressão infantil, um quadro clínico cada vez mais comum em todo o mundo, que pode desencadear pensamentos suicidas na adolescência ou na vida adulta. 

Assim como os adultos, as crianças enfrentam adversidades e podem apresentar sinais de dificuldade emocionais. Diferentemente do que muitos podem pensar, o transtorno mental infantil é mais comum do que se imagina. Isso porque, de acordo com a UNIFEC (Fundo das Nações Unidas para a Infância), metade dos transtornos mentais são desenvolvidos antes dos 15 anos. Sintomas como tristeza, ansiedade, mudanças no humor e no comportamento, na alimentação, isolamento social, perda de interesse em atividades que geram prazer e baixa autoestima podem ser indicativos e sinais de que algo não vai muito bem.

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Em busca de tentar prevenir que crianças com depressão ou sinais de transtornos venham se tornar adolescentes ou até adultos com ideações suicidas e casos graves da doença, é necessário uma abordagem cuidadosa, abrangente e cautelosa. Primeiramente, a detecção precoce desses sinais de alerta é fundamental. Para observar os sintomas, os pais, cuidadores e professores devem aprender e educar a respeito dos sinais de depressão em crianças, criando um ambiente seguro, acolhedor e confiável para que os pequenos possam se expressar e falar sobre seus sentimentos, angústias e medos. 

É relevante educar e conscientizar esses aspectos na disseminação de informações valiosas a respeito das questões relacionadas à saúde mental - e não apenas durante a campanha Setembro Amarelo. Assim as crianças terão acesso diariamente a conhecimento sobre essa temática e estarão cada vez mais cientes e receptivas a receber apoio, sempre que for necessário. 

Outra coisa essencial é lembrar que a saúde mental precisa ser promovida através de todas as figuras de autoridade existentes na vida de uma criança e não somente os pais. Professores e educadores também são responsáveis por propagar essas informações por meio de atividades, leituras e brincadeiras. É essencial que todas as pessoas adultas que convivem com as crianças na fase escolar as incentivem a falar sobre suas preocupações e expressar seus sentimentos, mantendo um diálogo recorrente sobre a saúde mental infantil na escola e um olhar atento para possíveis questões que possam estar assolando a vida dos pequenos. 

O caminho é praticar e promover atividades que possam trabalhar com esse tema, através de passeios, desenhos, filmes, gincanas e trabalhos a respeito das emoções. Ao discutir sobre sentimentos, medos e comportamentos, vale sempre validar aquilo que eles sentem e tentar trazer direcionamentos. Essa é uma tarefa extremamente necessária e que sempre deve ser colocada em prática, seja em casa ou na escola. 

Além de identificar sintomas de depressão, cabe entender o que levou a criança a desenvolvê-la e prover ferramentas para que saibam lidar melhor com os problemas e, quando necessário, recorrer ao suporte especializado de psicólogos e profissionais da área da saúde. Oferecer alternativas para sair dessa situação é essencial para que uma criança cresça e se torne um futuro adolescente e adulto saudável emocionalmente. Por essa razão, é que as crianças devem estar constantemente acompanhadas por um responsável que possa observar seus comportamentos, conversas e emoções. 

É preciso lembrar que as crianças de hoje são os adultos de amanhã. Uma criança com apoio, acompanhamento, informação e auxílio, com certeza tem maiores possibilidades de se tornar uma adulta mais segura, madura emocionalmente e com menores possibilidades de traumas e transtornos emocionais maiores. 

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