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Saúde e Bem Estar Terça-feira, 14 de Maio de 2024, 10:20 - A | A

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INFLAMAÇÃO DO FÍGADO

Brasil registra 1,3 milhão de atendimentos relacionados à hepatite C em 2023

Assessoria de Imprensa

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o SUS (Sistema Único de Saúde) registrou 1.311.475 atendimentos relacionados à hepatite C no Brasil em 2023. Sem vacina disponível, a doença é reconhecida como a mais severa entre os vírus, afetando um número cinco vezes maior de pessoas do que o HIV/Aids.

A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por vírus, álcool, medicamentos, substâncias tóxicas, bem como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. Os casos de hepatites virais são responsáveis pela morte de 1,3 milhão de pessoas por ano em todo o mundo, aproximadamente 3,5 mil por dia. Entre os tipos mais comuns da doença estão a hepatite A, B, C, D e E, sendo as hepatites B e C as mais preocupantes.
No caso da hepatite C, trata-se de um processo infeccioso e inflamatório que pode se manifestar de forma aguda e crônica. A Hepatite C é uma condição séria que muitas vezes passa despercebida por não apresentar sintomas evidentes. Essa doença é caracterizada por uma inflamação persistente no fígado, que ao longo do tempo pode levar a complicações graves, como cirrose hepática e carcinoma hepatocelular.

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Segundo o Ministério da Saúde, aproximadamente 60% a 85% dos casos de hepatite C tornam-se crônicos, e em média, 20% evoluem para cirrose ao longo do tempo. Uma vez estabelecido o diagnóstico de cirrose hepática, o risco anual para o surgimento de carcinoma hepatocelular é de 1% a 5%. O risco anual de descompensação hepática é de 3% a 6%. Após um primeiro episódio de descompensação hepática, o risco de óbito nos 12 meses seguintes é de 15% a 20%.

No dia 19 de maio, é comemorado o Dia Mundial de Combate à Hepatites, data destinada a conscientizar a população sobre os riscos dessa doença e a importância da prevenção. Neste ano, a mensagem é ainda mais urgente, já que milhões de pessoas convivem com o vírus da hepatite sem conhecimento, aumentando o risco de transmissão para outras pessoas e o desenvolvimento de doenças hepáticas graves, como cirrose e câncer de fígado.

Causas, sintomas e tratamento:

As hepatites A, B, C, D e E são causadas por diferentes vírus e apresentam variações em suas formas de transmissão, sintomas e tratamentos. Segundo a médica hepatologista da Santa Casa de Chavantes, Dra. Eloíza Quintela, ao contrário da hepatite A e E, que são transmitidas através do consumo de água ou alimentos contaminados e apresentam sintomas como febre, mal-estar, náuseas e pele amarelada.

“No caso das hepatites B e C, podem ser transmitidas por meio do contato com sangue, secreções corporais ou relações sexuais desprotegidas. Em sua maioria, são assintomáticas, podendo se tornar crônicas e levar a complicações graves, como cirrose e câncer de fígado, caso não sejam tratadas adequadamente”, pontua.

Já a hepatite D (Delta) é uma infecção que ocorre apenas em pessoas que já têm hepatite B, pois o vírus da hepatite D (Delta) depende do tipo B para se reproduzir. A transmissão ocorre da mesma forma que a hepatite B e pode levar a uma forma mais grave de doença hepática.

O tratamento das hepatites virais varia de acordo com o tipo de vírus e a gravidade da doença. Para a hepatite A e E, geralmente não é necessário tratamento específico, apenas repouso e cuidados alimentares. No entanto, em casos graves, pode ser necessário acompanhamento médico e tratamento de suporte. A hepatite B não possui cura; entretanto, existem tratamentos disponíveis para reduzir o risco de progressão da doença e suas complicações. Já a hepatite C tem cura; o tratamento é feito de 8 a 12 semanas por meio de medicamentos antivirais de ação direta via oral, os quais não apresentam efeitos colaterais. No caso da hepatite D (Delta), o tratamento visa controlar a infecção pelo vírus da hepatite B.

A prevenção das hepatites virais inclui medidas como a vacinação contra a hepatite A e B, o uso de preservativos durante as relações sexuais, o cuidado com a higiene pessoal e alimentar, a não partilha de objetos de uso pessoal, como seringas e escovas de dente, e o controle de infecções em serviços de saúde, como hemodiálise e transfusão de sangue. “A conscientização e educação da população sobre os riscos e formas de prevenção das hepatites também são fundamentais para reduzir a incidência e o impacto dessas doenças”, destaca a médica.

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