Alvo da Operação Escambo Eleitoral por suspeita de compra de votos nas eleições de 2024, o vereador Adilsinho (Republicanos) teve seu gabinete alvo de busca e apreensão na manhã desta terça-feira, 11 de março, durante ação da Polícia Federal. Apesar da investigação, o parlamentar compareceu à sessão da Câmara Municipal de Várzea Grande no mesmo dia e, em entrevista à imprensa, afirmou estar tranquilo, garantindo que não cometeu nenhuma irregularidade que pudesse incriminá-lo.
“[...] eu não tenho nada de errado então eu não tenho porque temer da justiça [...] até por isso eu estou na sessão, senão eu não estaria aqui para prestar esse conhecimento para vocês”, disse o vereador.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
Adilsinho afirmou ainda que não tem detalhes sobre a operação e que seu advogado está buscando mais informações sobre o caso. Segundo ele, somente após obter dados concretos poderá esclarecer melhor a situação. O parlamentar afirmou que a Polícia Federal apreendeu apenas seu aparelho celular.
“A gente nem está sabendo de nada. Eu acredito que agora que vai dar andamento nesse processo, mas eu não tenho conhecimento ainda. O advogado, como eu disse, ele vai tomar pé da situação e aí assim vai me informar também, porque eu não sei de nada. Não estou sabendo ainda”, declarou.
O vereador disse não temer sobre uma possível perda do mandato.
“[...] eu tenho compromisso com o povo que me elegeu, o meu compromisso é com a população, com as pessoas que me elegeram. As pessoas que acreditaram em mim, então esse mandato não é meu, o mandato é deles. Eu vou trabalhar para o povo, para as pessoas que acreditaram em mim”, finalizou.
Saiba mais sobre a operação
A Polícia Federal deflagrou a Operação Escambo Eleitoral nas primeiras horas desta terça-feira, tendo como alvo os vereadores Adilsinho (Republicanos) e Feitoza (PSB), ambos de Várzea Grande. Os dois são suspeitos de compra de voto no pleito de 2024.
As investigações apontaram que os vereadores prometeram fornecimento de água, óleo diesel e outros benefícios em troca dos votos. Ainda segundo a Polícia Federal, a investigação teve início em 06/10/2024, dia do pleito eleitoral, quando dois homens foram presos em flagrante pela prática do crime de captação ilícita de sufrágio (compra de votos).
Cerca de 16 policiais cumpriram quatro mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Juízo das Garantias do Núcleo II, do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT).
Confirmada a autoria dos crimes, os responsáveis poderão responder pelos crimes de captação ilícita de sufrágio e associação criminosa, cujas penas podem chegar até sete anos de reclusão.
Veja vídeo:
