Paraíso do Manso Resort, pousada e restaurante localizado no Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães (53 km de Cuiabá), fez parte de uma investigação do programa Domingo Espetacular, da Rede Record, exibida no último domingo (9), onde trouxe à tona detalhes sobre o resort, alvo da Operação Status da Polícia Federal em 2020. Segundo as investigações, o empreendimento além de ter sido construído com recursos oriundos do tráfico internacional de drogas, faz parte de uma área destinada à reforma agrária, e estaria em pleno funcionamento, mesmo após ter sido bloqueado pela justiça.
O resort pertence à família Morinigo, que é suspeita de envolvimento com o tráfico desde os anos 1990. De acordo com a Polícia Federal, entre 2015 e 2020, o grupo teria transportado mais de três toneladas de cocaína do Paraguai para o Brasil. O esquema seria comandado por Emídio Morinigo Ximenes e seus filhos, Jefferson Garcia Morinigo e Kleber Garcia Morinigo, que também são investigados por supostamente abastecer o Primeiro Comando da Capital (PCC).
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Tairone Conde Costa era proprietário da Classe A Motors, garagem de carros de luxo em Cuiabá, e foi apontado como membro de uma organização criminosa que atua no tráfico de drogas com movimentação financeira de R$ 230 milhões, segundo a Polícia Federal (PF). Ele também aparecia como suposto dono do resort e foi preso durante a Operação Status, sob a suspeita de atuar como "laranja" da família investigada. Na ocasião, a Justiça determinou o bloqueio do empreendimento, porém, mesmo com a restrição legal, o local teria retomado suas atividades de forma irregular, operando como pousada e restaurante. A família Morinigo, por sua vez, nega qualquer envolvimento com crimes.
Atualmente, o Ministério Público investiga a destinação do imóvel, enquanto a Justiça ainda não definiu o futuro do empreendimento. Além de supostamente servir para lavagem de dinheiro, o resort também seria um ponto de lazer para os líderes do grupo criminoso.
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