A prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), afirmou que após o reparo em bombas do Departamento de Água e Esgoto (DAE), a água demora uma semana para chegar em bairros, porque a rede do município não suporta pressurização. A prefeita disse que as três estações de captação de água voltaram a operar. Ela concedeu entrevista nesta sexta-feira, 14 de fevereiro.
Praticamente todo o município ficou sem água após cabos serem furtados de estações e bombas apresentarem defeitos. A prefeitura atribuiu os problemas a um suposto boicote a sua gestão.
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“Colapsou três estações de captação de uma vez só. Roubaram cabo em uma, parou por falta de manutenção, outra parou porque a bomba estourou. Três praticamente no mesmo período”, disse Moretti em entrevista ao Jornal da Cultura.
Todas as três redes já voltaram a funcionar, segundo a prefeita. Entretanto, Moretti explicou que com os canos secos, a volta da água até a torneira do trabalhador pode demorar até uma semana.
“Faltou a captação, sai o reservatório da água dos canos. Para chegar num bairro, ela demora quase que uma semana para chegar água naquele bairro, depois que eu arrumar aquela bomba. Eu tenho que encher o reservatório, aí vai por gravidade. Porque se eu pressurizar em Várzea Grande, estoura”, disse.
Na semana passada, o deputado estadual Fabio Tardin (PSB) afirmou que o encanamento de VG é de amianto há 100 anos. Inclusive, o material é cancerígeno e proibido no Brasil.
Por conta dos canos serem frágeis, a água não pode ser pressurizada, sob o risco de estourar a rede.
“As pessoas gravam vídeo: está desperdiçando áudio que está desperdiçando água. Eu tenho que mandar água, mesmo com os canos estourados. Porque é melhor mandar água com os canos estourados e abastecer um bairro, mesmo desperdiçando, mas está chegando água. Ai nós vamos fazer esse reparo desse vazamento... se eu não mandar água por conta de um vazamento, fica um bairro inteiro sem água”, falou.
SITUAÇÃO DE CALAMIDADE
Na quarta-feira, a prefeita Flávia Moretti decretou estado de calamidade pública na cidade por conta da falta d'água. Segundo a Prefeitura, o constante desabastecimento foi provocado por conta de atos de sabotagem e vandalismo nas unidades que compõem o Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE-VG).
“Com esse decreto será possível acelerar o diagnóstico e desenvolver um plano emergencial para desburocratizar as compras e aquisições para restabelecer o funcionamento da água o quanto antes”, declarou a prefeita.
