A proposta elaborada pelo governo federal para combater o poder paralelo das facções criminosas, após reunião com governadores em Brasília, foi alvo de críticas do governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União). Em conversa com jornalistas, Mauro disse que até viu a ideia com bons olhos no começo, mas ficou decepcionado após analisar de perto as propostas. “É como tratar câncer com dipirona”, desabafou.
Mauro não foi à reunião com o governo federal, pois estava em missão internacional em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, para captar investimentos em Mato Grosso. Em seu lugar foi o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), representando Mato Grosso.
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Porém, ao analisar a PEC da Segurança, resultado da reunião, Mauro disse não ter visto nas propostas de Lula algo que verdadeiramente resolva o problema do crime organizado. Problema esse que pautou a sociedade cuiabana nas últimas semanas, após o prefeito eleito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), afirmar que o Comando Vermelho está influenciando a eleição da Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá, inclusive com o pagamento de até R$ 200 mil por voto.
“Eu não vi, ao ler a proposta de emenda constitucional, nada, a meu ver, que vai contribuir de forma decisiva para mudar esse cenário. Nada, absolutamente nada”, afirmou o governador.
Mauro comparou a situação do crime organizado no Brasil com um câncer, enquanto as propostas de PEC são apenas um remédio para a dor.
“É como se nós tivéssemos um paciente com câncer, e hoje é um câncer o crime organizado no Brasil, e nós estamos a aplicar mais uma Nelsadina, uma Dipirona, um remédio para dor. Não é isso que vai resolver", disse Mauro, cobrando uma atitude mais dura para combater o crime organizado.
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