O presidente eleito da Assembleia Legislativa (ALMT), deputado estadual Max Russi (PSB), é contra à instalação de câmeras corporais nas fardas dos policiais militares de Mato Grosso. A opinião dele mostra alinhamento com o posicionamento do governador Mauro Mendes (União), que é contra a medida.
Max também lembra que a decisão é exclusivamente do Executivo. "O governo já demonstrou que não tem interesse de fazer isso, e a Assembleia, a não ser alguns deputados de forma pontual que defendem essa pauta, não vai interferir neste assunto até, mesmo porque é uma decisão do Poder Executivo", disse ele na última quarta-feira (22).
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Ao ser questionando sobre o seu posicionamento pessoal sobre a pauta, Russi disse ser contra às câmeras nas fardas. "É algo a ser bem analisado, definido e não tem essa discussão dentro do Parlamento, e a principio não tem essa discussão dentro do Parlamento", concluiu.
Câmeras em políticos e magistrados
No último dia 15 de janeiro, o Estadão Mato Grosso publicou uma nota com base em declarações do governador Mauro Mendes que, durante entrevista à rádio CBN Cuiabá, disse que concordaria em adotar a medida se também puder colocar câmeras nos políticos, juízes, desembargadores e membros do Ministério Público.
"Quando a gente discute [o tema] câmeras em fardas, eu falo: 'eu concordo'. Só que, nós vamos botar câmeras porque um ou dois policiais, ou 1% ou 2% cometem alguma coisa errada, vamos colocar câmeras em todo mundo pra vigiar todo mundo. Então tá bom, vamos colocar câmeras em todos os políticos, em todos os governadores, em todos os prefeitos, em todos os deputados estaduais. Ei, tem juiz que vende sentença, que foi flagrado vendendo sentença. Tem desembargador vendendo sentenças, tem gente do Ministério Público... então, vamos colocar câmeras em todo mundo também", disparou.
O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), José Zuquim, e a juíza Jaqueline Cherulli, de 58 anos, presidente da Associação Mato-grossense de Magistrados (AMAM), emitiram nota de repúdio contra a fala do chefe de Estado e que "tomarão providências judiciais cabíveis". Zuquim chegou a dizer que viu a fala como um “desprestígio e irresponsável” sobre o Sistema de Justiça.
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