O governador Mauro Mendes (União) sugeriu à equipe do governo federal uma abertura maior de diálogo com a iniciativa privada para destravar obras estruturantes que são importantes para o país. Além disso, ele ‘receitou’ a desburocratização na emissão de licenças, principalmente as ambientais, para acelerar esse processo, como também a necessidade de uma política fiscal eficiente para que os governos, tanto estadual quanto federal, possam cortar despesas e ter dinheiro em caixa para investimentos.
Essas sugestões foram apresentadas durante a reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e os demais chefes de Estado na manhã desta sexta-feira, 27 de janeiro, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF).
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Mauro destacou que a parceria com a iniciativa privada é essencial neste momento, principalmente diante da falta de dinheiro no caixa da União para realizar grandes investimentos públicos.
“O Brasil não tem muito dinheiro hoje para sair fazendo grandes obras importantes em todo país, mas poderia ser feita uma agenda que não depende de investimentos de dinheiro público, que é uma agenda de obras, projetos e ações que dependem muito mais de vontade, de marcos regulatórios. São concessões, licenciamento ambiental, que nesse país é muito lento, e que se formos competentes para destravar essa agenda, o mercado, a iniciativa privada tem apetite para investir em centenas de projetos em todo o país", disse Mauro, em entrevista à CNN Brasil logo após o encontro.
"A competência para se organizar esta agenda e colocá-la em marcha é fundamental e só ela pode fazer o Brasil crescer de 2% a 3% pontos percentuais durante os próximos anos em todas as regiões brasileiras”, acrescentou.
Mauro ainda ressaltou a importância da adoção de política fiscal para o equilíbrio do caixa público. Ele lembrou que foi o governador mais vaiado do país no início do seu primeiro mandato. Apesar disso, viu que uma medida mais dura era necessária para o cenário econômico de Mato Grosso, para que, no futuro, conseguisse investir quase 20% do orçamento em obras e investimentos.
“Eu tive a oportunidade de também dizer na reunião que a política fiscal de uma Nação, de um Estado, ele é fundamental para fazer investimentos. Porque no final do dia, muita gente talvez não entenda isso: o que é política fiscal. Nada mais é do que você gastar menos do que você arrecada, é você gastar menos do que você ganha. Quando você faz isso, sobra dinheiro para fazer investimento”, apontou.
O governador ainda destacou que concordou com os pontos que foram apresentados pela equipe do presidente, como a formação do Conselho da Federação, a abertura de um plano de investimento de obras comuns, o movimento nacional de vacinação e o plano nacional para redução das filas no SUS.
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