Cassada pela segunda vez nesta quinta-feira, 6 de junho, a vereadora Edna Sampaio (PT) afirmou que irá recorrer contra o ‘festival de ilegalidade’ que foi seu segundo processo de cassação. Em vídeo divulgado nas redes sociais, a petista voltou a dizer que é vítima de perseguição política e que não teve chances de construir provas e apresentar sua defesa.
A vereadora não esteve presente na sessão que cassou seu mandato e foi preciso que o presidente do Legislativo, vereador Chico 2000 (PL), designasse um advogado para a defesa da petista. Edna também se recusou a fazer sua defesa durante os trabalhos da Comissão Processante e também não indicou algum advogado para representa-la.
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“E aí, eu acho que é importante eu dizer para vocês porque eu não estou no plenário hoje, pela mesma razão que eu não estive na sessão passada. Nós temos um processo completamente viciado. Tanto assim que, até agora, todo tempo da sessão foi para que o presidente gastasse o tempo para poder dizer, falar para as pessoas que o processo está ok, que não tem nenhum problema”, rebateu Edna.
A vereadora também voltou a dizer que os membros da Comissão teriam se recusado a dar oportunidades para que ela pudesse se defender no processo. Segundo ela, as convocações para sua defesa foram feitas durante um período em que se encontrava afastada para tratamento médico.
“E eu não vou colaborar, enquanto acusada de um crime que eu não cometi, de um absurdo de rachadinha, em que os que estão me acusando ali são os mesmos que apoiam a rachadinha do presidente Bolsonaro, mas acham que eu faço rachadinha no meu gabinete”, pontuou.
Edna voltou a acusar o presidente da Câmara de perseguição política. Segundo ela, Chico teria orientado a condução do processo de forma atropelada apenas com o objetivo de retirá-la do cargo.
“Eu tenho enorme indignação pela forma como o presidente da Câmara, Chico 2000, tem rebaixado o papel dessa Câmara, se utilizando dela para fazer perseguição política contra uma vereadora legitimamente eleita, que não cometeu nenhum ilícito”, afirmou.
A vereadora também se mostrou confiante de que conseguirá reverter a cassação na Justiça mais uma vez, devido às ilegalidades cometidas no processo. Edna também chamou o relator da comissão, Eduardo Magalhães (Republicanos), de “capitão do mato”.
“Esse processo contra mim também vai ser anulado, porque é um absurdo as ilegalidades e as mentiras que foram colocadas ali, inclusive pelo relator, que se diz um homem negro, mas que presta aos serviços dos capitães do mato, que também eram homens negros contratados para capturar outras pessoas negras”, disse.
