Após o Supremo Tribunal Federal (STF) suspender o julgamento da lei que proíbe a Moratória da Soja, o deputado Max Russi (PSB) afirma que não vai deixar empresas privadas prejudicarem o estado. Nesta quarta-feira, 26, ele, que é presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), disse que a Casa vai fiscalizar qualquer tentativa dessas empresas, que recebem inventivos fiscais do Estado, prejudicarem Mato Grosso.
“Qualquer ação, qualquer medida que vier contra os interesses do estado de Mato Grosso, a Assembleia vai estar vigilante, vai estar acompanhando e não vai aceitar, não vamos aceitar que empresas tenham o benefício de prejudicar o nosso estado para atender interesses da Europa, de outros países, de grupos econômicos financeiros grandes que têm interesse de não ver o estado de Mato Grosso desenvolvido”, disse.
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Ele defende que os incentivos fiscais dados pelo Estado às empresas que atrapalhem Mato Grosso sejam suspensos, pois, segundo Max, as empresas estão atendendo interesses europeus.
“Nós não podemos dar benefícios, incentivos para empresas que querem, não através de leis, mas através de uma reunião de grupos, através de algo fechado, prejudicar o Estado de Mato Grosso”, disse.
A Moratória da Soja é um acordo comercial firmado em 2006 por algumas empresas exportadoras, que veda a compra de soja plantada em áreas desmatadas da Amazônia, mesmo que o desmate tenha ocorrido dentro da lei.
A discussão se arrasta por anos no estado e nos últimos dias, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a Lei Estadual 12.709/2024 que proíbe a concessão de incentivos fiscais para as empresas adeptas à moratória da soja.
Após uma reunião entre o ministro, Max Russi e Lucas Costa Beber, presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja-MT), Dino suspendeu o julgamento de lei que proíbe a Moratória da Soja em Mato Grosso.
