Após a morte de uma das lideranças do garimpo, José Espoton, de 46 anos, conhecido como “Zé Gavião”, o governador Mauro Mendes (União) disse que vai continuar agindo como sempre, “firme”. José morreu no último sábado, 28, em Aripuanã (960 km de Cuiabá), por guerra entre facções, segundo informações ele seria faccionado de um grupo rival ao que o matou. Nesta segunda-feira, 30, Mendes também defendeu que cada estado legisle sobre questões penais, pois em Mato Grosso há criminosos que já foram presos seis vezes neste ano.
“Lá não vai ser diferente, nós vamos atuar firmemente. Tá triste, né gente? A gente tá perdendo essa guerra no Brasil para as facções criminosas. Porque todo dia você vê um crime organizado se movimentando, aumentando a situação e o poder público batendo a cabeça com essas leis e com uma atuação inadequada que, a meu ver, existe aí nessa relação governos estaduais com governo federal”, disse.
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O governador tornou a defender a pauta sobre cada Estado ter suas próprias leis contra o crime organizado, ele citou um projeto da senadora Margareth Buzetti sobre o assunto. Ele explica que com o projeto, o Brasil iria funcionar igual aos Estados Unidos, cada Estado com suas leis.
Mauro Mendes, conta que no registro do Estado há um criminoso que já foi preso e solto seis vezes neste ano. Sendo difícil vencer a guerra contra as facções que estão crescendo em Mato Grosso.
“A resposta firme tá dando todo dia, olha a quantidade de operações que nós já tivemos contra as facções esse ano. Prendemos, aí vem o juiz e solta. Tem pessoas que foram presas 5, 6 vezes e solto num ano com alvará de soltura. É impossível isso, como é que um cara que não é réu primário prende e solta, prende e solta no ano, seis vezes. Nós temos um elemento lá que seis vezes foi preso esse ano e saiu da cadeia seis vezes com alvará de soltura”, contou.
Morte no garimpo
Zé Gavião, José Espoton, foi morto a tiros na noite deste sábado, 28, em Aripuanã (960 km de Cuiabá). Ele estava em um posto de gasolina quando dois homens chegam em uma motocicleta e efetuam diversos disparos.
Conforme informações, ele seria ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e, mensagens de WhatsApp que circulam na cidade atribuíram que ele foi morto por membros da facção criminosa rival, Comando Vermelho (CV).
Zé Gavião foi "jogado" em cima de uma caminhonete, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu. A Polícia Civil investiga o caso e a veracidade das mensagens atribuídas ao CV.