O prefeito eleito em Cuiabá, Abilio Brunini (PL), contou à imprensa que recebeu uma denúncia de que o Comando Vermelho teria emprestado dinheiro para um parlamentar da Câmara Municipal comprar votos na eleição da Mesa Diretora. Segundo Abílio, a denúncia anônima aponta que cada voto estaria ‘custando’ cerca de R$ 200 mil. Nesta quinta-feira, 7 de novembro, Abilio afirmou que não vai aceitar que o crime organizado comande a Casa.
“Estaria circulando na casa de R$ 200 mil o voto. [...] Deixo público para dar o recado de que essa informação está sendo observada. Um dos caras que teria emprestando o dinheiro estaria denunciado em outro processo. Estamos juntando provas e, tendo todos os dados, vamos dar os nomes ao Ministério Público e ao Gaeco [Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado]. Não podemos aceitar”, disse.
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Abilio ainda contou que a denúncia aponta que vereadores estariam sendo assediados por essas pessoas que estão comprando votos.
“Recebemos informações de alguém, não posso confirmar, de que teriam pego dinheiro emprestado com o líder do Comando para cooptar vereadores para conseguir votos e montar uma determinada chapa. Não temos certezas de que essa denúncia é real, mas dizem que até vereadores já sofreram assédio e receberam ofertas”, disse.
Após contar sobre o envolvimento do Comando Vermelho na eleição da Casa, Abilio citou, indiretamente, que o vereador Jeferson Siqueira (PSD) deu moção de aplausos para um homem que supostamente seria liderança de uma facção em Cuiabá. A informação foi revelada pelo jornal Estadão Mato Grosso na quinta-feira, 6. (Clique aqui para ler a matéria na íntegra).
Jeferson é um dos vereadores que colocou o nome à disposição para concorrer ao cargo de presidente da Câmara Municipal.
“Tem vereador que deu moção de aplausos para cara do Comando [Vermelho], está de brincadeira. Olha o nível que a Câmara está. Está reconhecendo liderança de Comando como líder comunitário, como pessoa de relevância para a sociedade. O cara [Jeferson Siqueira] quer ser candidato à Presidência da Câmara. Esse cara que reconheceu a liderança do Comando quer ser candidato. Eu posso deixar um negócio desses?”, questionou.