O deputado estadual Fabinho (PSB) relatou que o encanamento de distribuição de água de Várzea Grande é de amianto, instalado há cerca de 100 anos. O parlamentar defendeu que o Departamento de Água e Esgoto (DAE) seja privatizado pela prefeita Flávia Moretti (PL). Fabinho falou com a imprensa nesta quarta-feira, 05 de fevereiro, ocasião na qual afirmou também que tal material obriga o departamento a usar uma pressão menor na água, para não estourar os canos.
“Hoje nós temos água capitando suficiente, mas infelizmente a distribuição é muito precária. São redes de amianto de muitos anos, longos anos. Uma vez eu presenciei o DAE fazendo uma manutenção na Couto Magalhães, arrancou um cano de amianto lá de quase 100 anos. É o que acontece na cidade de Várzea Grande, se você coloca carga, estoura”, falou.
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A prefeita Flávia Moretti (PL) editou o decreto n. 09/2025, que autoriza a realização de estudos para fundamentar a concessão do departamento. Conforme o documento, o processo deve levar cerca de dois anos para ser concluído. O procedimento envolve a realização de estudos, análises técnicas e audiências públicas.
A Prefeitura de VG anunciou que a gestão está iniciando a revisão do plano de saneamento básico e que será necessária uma mudança na legislação para que o serviço possa ir para a iniciativa privada. A expectativa é que o projeto seja encaminhado à Câmara Municipal entre os meses de fevereiro e março.
“Nós temos que dar tempo ao tempo e que privatize, que melhore. Só que um ano e meio acho que é pouco”, falou o deputado.
O amianto é um mineral fibroso amplamente utilizado no passado em materiais de construção e produtos industriais devido à sua resistência ao fogo e isolamento térmico. No entanto, é altamente tóxico e sua exposição pode causar sérios problemas de saúde, como câncer e doenças respiratórias. No Brasil, o amianto é proibido desde 2017 pelo Supremo Tribunal Federal (STF).