O presidente da Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá, Lilo Pinheiro (PDT), sugeriu nesta segunda-feira, 4 de julho, que o vereador Tenente-Coronel Paccola (Republicanos) se afaste do cargo enquanto prosseguem as investigações sobre a morte do policial penal Alexandre Miyagawa, 41 anos. No entanto, Lilo enfatizou que essa é uma escolha pessoal de Paccola.
“É uma decisão que cabe ao vereador Paccola, pedir afastamento ou não; [...] Na minha opinião, eu entenderia como um ato coerente por parte do Paccola. Um afastamento dele não pode ser interpretado como um ato covarde, uma covardia, mas sim alguém que quer o esclarecimento dos fatos para depois se posicionar com os fatos esclarecidos”, afirmou.
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Paccola atirou em Alexandre na noite da última sexta-feira, 1º de julho, após uma confusão em uma distribuidora na rua Presidente Arthur Bernardes, Centro de Cuiabá. Segundo o boletim de ocorrência, Paccola agiu em legítima defesa própria e de terceiros, pois Alexandre estaria armado e fazendo ameaças. A versão é contestada pela namorada de Alexandre.
Na manhã desta segunda, a Câmara de Cuiabá decidiu que a Comissão de Ética irá acompanhar as investigações contra Paccola. O grupo será liderado por Lilo Pinheiro, que trabalhará junto aos vereadores Adevair Cabral (PTB) e Kássio Coelho (Patriota).
A comissão irá pedir o compartilhamento de provas coletadas pela Polícia Civil a respeito do incidente ocorrido na noite da última sexta-feira, 1º de julho. Também serão requisitadas imagens de câmeras de segurança na região, bem como o acesso ao andamento do processo.
“A Câmara quer ser informada de todos os andamentos, acompanhamento das testemunhas, para que nós possamos acompanhar de perto o desenrolar das investigações”, explicou o presidente da Casa, Juca do Guaraná (MDB).
O CASO
O vereador tenente-coronel Marcos Pacolla matou o policial penal Alexandre Miyagawa, conhecido como ‘Japão’, de 41 anos, na noite de sexta-feira, 1º de julho, na avenida Presidente Arthur Bernardes, em Cuiabá.
Segundo o boletim de ocorrência, Paccola teria atirado e matado Alexandre porque ele estaria ameaçando a companheira. Conforme a versão do vereador, ele teria dado voz de prisão ao policial penal, que teria feito um movimento de se virar, como se fosse atirar. Neste momento, Paccola reagiu e efetuou três disparos. O parlamentar, que é tenente-coronel do Bope, sustenta que agiu para neutralizar a ameaça em legítima defesa, própria e de terceiros.
Essa versão é contestada pela namorada de Alexandre, Janaína Sá. Em vídeo publicado nas redes sociais, a mulher afirma que houve uma confusão porque Alexandre entrou na contramão para que ela pudesse usar o banheiro de uma distribuidora. Alguns motoristas ficaram revoltados e teve início uma discussão. Paccola teria chegado em meio à confusão e atirado em Alexandre.
Após o ocorrido, o vereador seguiu para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) por conta própria. Ele prestou depoimento por mais de 4 horas e foi liberado durante a madrugada de sábado, 2.