O vereador por Cuiabá, Marcrean Santos (MDB), disse nesta terça-feira, 11 de junho, que vai acionar um médico que atende no antigo Pronto-Socorro da capital, no Conselho Regional de Medicina (CRM), após "flagrá-lo" dormindo em pleno expediente. O fato ocorreu no último domingo (9), após o parlamentar ter ido na unidade hospitalar "pedir informações de um paciente", mas que teria sido negado pelo profissional, que teria dito que aquele momento não era o horário de visita.
"Ele entrou às 7h da manhã e estava dormindo às 9h, e quando chamei ele ficou zangado comigo porque o horário de visita não era aquele horário. Eu disse para ele que eu queria saber do quadro clínico de uma paciente, porque familiares estavam preocupados porque a paciente estava correndo risco de morte. E daí ele veio perguntar quem eu era, e eu disse que era o vereador Marcrean, e estava ali para saber o quadro clínico de uma parente minha. Agora, se eu sou um cidadão querendo saber o quadro clínico de uma parente minha ou de qualquer outra pessoa que está lá, eu não estou entendendo", relatou o vereador.
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Marcrean disse que pediu informações do paciente ao secretário de Saúde, Deiver Teixeira. "Eu falei para ele [o médico] que iria na direção, que eu tinha direito de obter informações do quadro clínico, porque essa parente minha estava lá há 30 dias e ninguém falava o que ela tinha, tanto é que de ontem pra hoje ela foi operada. Eu estava com 7 testemunhas, 6 parentes e 2 pessoas funcionárias do PS. Ele disse que não é porque eu sou vereador que teria essas informações, então eu liguei para o secretário de Saúde para saber as informações. Além de parlamentar eu sou fiscal do povo", comentou.
O parlamentar negou que tenha legislado em causa própria e vai acionar o profissional no Conselho Regional de Medicina (CRM): "Eu vou representar esse médico no CRM. Em nenhum momento não teve uma fala contra esse cidadão. Eu vou fiscalizar por qualquer um que não esteja sendo atendido de forma adequada. Esse pessoal que fui visitar mora no município de Mimoso. Ele não atendeu porque esse pessoal é humilde. Achando que não tinha ninguém por eles", comentou o vereador.
Outro lado
A reportagem se coloca à disposição do médico do antigo Pronto-Socorro para saber o "outro lado da história". Nos bastidores, a informação seria que o profissional irá protocolar uma denúncia na Câmara Municipal, onde o vereador seria acusado de usar o cargo para obter privilégios.
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