O vereador Dilemário Alencar (Podemos) defendeu intervenção federal na Saúde Pública de Cuiabá. A defesa foi feita nesta terça-feira, 3 de maio, dia em que a Polícia Judiciária Civil deflagrou a Operação Chacal, que tem como objetivo investigar servidores fantasmas que estariam contratados e recebendo salário e prêmio-saúde como médico no Hospital e Pronto-Socorro da capital.
Durante sessão ordinária desta terça, ele disse que encaminhou um expediente aos Ministérios Públicos do Estado (MP-MT) e Federal (MPF) e ao Ministério da Saúde solicitando essa ação.
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Além de citar a operação, o parlamentar comentou que faltam remédios, insumos e médicos para atender a população nas unidades municipais.
“Não dá mais para nós ficarmos olhando escândalo em cima de escândalos, as pessoas morrendo praticamente todos os dias nas unidades de saúde, com falta de remédios, com falta de médicos, falta de insumos, sem acesso a cirurgias, sem acessos a exames, sem acesso a sequer médicos especialistas para consulta”, disse.
“Já virou costume em Cuiabá a gente acordar às 6h da manhã com a polícia batendo na porta da Secretaria de Saúde. Eu quero dizer que o vereador Dilemário vai requerer a esses órgãos uma intervenção federal na saúde de Cuiabá. Porque a situação nas unidades de saúde beira à calamidade pública”, complementou.
Ele comentou que não faz sentido a pasta, que tem orçamento de R$ 1,5 bilhão, continuar deixando faltar itens importantes para o atendimento da população.
O líder do governo na Câmara, vereador Adevair Cabral (PTB), começou a defesa provocando Dilemário dizendo que “vou tirar o chapéu para vossa excelência, igual você tirou para Emanuel Pinheiro em 2016”, fazendo referência ao single da campanha do prefeito naquele ano.
Ele ainda destacou que a operação desencadeada foi fruto de uma denúncia feita pela Secretaria de Saúde à Delegacia Fazendária. Adevair comentou que a descoberta da irregularidade aconteceu após uma auditoria realizada pela pasta na folha de pagamento.
“O prefeito demitiu as pessoas responsáveis e encaminhou o caso à Delegacia Fazendária, protocolado dia 3 de agosto de 2020, às 16h30, tudo documentado dizendo o que estava acontecendo na secretaria municipal de saúde. E agora a delegacia investigou e hoje desencadeou essa operação Chacal”, relatou.