O prefeito de Cuiabá em exercício, José Roberto Stopa (PV), se posicionou contra a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara de Vereadores para investigar os serviços realizados pela concessionária Águas Cuiabá. Para ele, a instauração do procedimento pode causar prejuízos nos investimentos realizados nas obras e serviços.
“A CPI pode prejudicar Cuiabá no sentido fundo-investidor. Tem um fundo-investidor que faz todo esse investimento milionário na rede de esgoto, então a gente tem que tomar um certo cuidado com isso. Agora, que a Águas de Cuiabá tem que melhorar o seu trabalho, tem que melhorar não tem dúvidas”, disse, em entrevista nesta quinta-feira (17).
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Nesta semana, o prefeito licenciado Emanuel Pinheiro (MDB) prorrogou por mais 60 dias o decreto n° 8.830, que proíbe a concessionária de realizar novas obras na rede de esgoto em ruas e avenidas já pavimentadas.
Stopa lembrou que a prefeitura está elaborando um projeto de lei endurecendo as regras contra a Águas Cuiabá.
“Fizeram sim muitos buracos, contribuindo para as buraqueiras em Cuiabá, mas o fato é o seguinte: o município está tomando as providências através das Obras, através da Arsec [Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Cuiabá], estamos tomando todas as providências. Vai ter uma legislação que aperta e normatiza mais os trabalhos da Águas Cuiabá", comentou.
O vereador Diego Guimarães (Cidadania) tenta emplacar uma CPI na Câmara Municipal para investigar os trabalhos da concessionária. Ele tenta colher nove assinaturas para dar início às investigações. Até o momento, conseguiu seis, já contando com a sua.
No requerimento, ele cita o uso de material de má qualidade na pavimentação de trechos onde foram realizadas obras para implementação de rede de esgoto nos bairros e questiona a qualidade da água distribuída para consumo da população.