Após adiar o retorno das aulas por uma semana, a secretária municipal de Educação de Cuiabá, Solange Dias, atribuiu o atraso à gestão Emanuel Pinheiro e negou que tenha faltado organização por parte da atual administração. Ela alega que a pasta foi entregue em situação precária, com as escolas repletas de problemas estruturais e administrativos e sem estoque e contratos vigentes, tornando praticamente impossível para a nova administração sanar todos os problemas em apenas 30 dias. A declaração foi feita à jornalistas na manhã desta quarta-feira, 05 de fevereiro.
“As aulas não começaram no período previsto porque eu achei que pegaria uma Secretaria organizada. Mas, no entanto, quando eu recebi a Secretaria, as escolas estavam em situação precária. Então, não conseguimos resolver em 30 dias problemas de muito tempo. Nós estamos fazendo o que é possível, está tudo sendo reformado para entrar as aulas e as grandes reformas serão durante o ano”, explicou a secretária.
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Ainda sobre o adiamento, explicou que a decisão foi tomada após convocarem o Conselho, o Ministério Público do Estado (MP-MT) e em consenso chegaram à conclusão que a melhor solução seriam adiar. Negou que o atraso tenha sido causado por demissões e exonerações.
“Isto ocorreu pelo problema estrutural das escolas, que nós priorizamos a segurança dos nossos alunos [...] são 173 escolas para que nós colocássemos a equipe gestora e nós fizemos os convites e alguns não aceitaram. Então, nós detectamos este problema, e junto com toda a sociedade, junto com a Câmara, nós vamos trabalhar este ano para que isso não se repita”, disse.
Solange ainda explicou que as próprias unidades devem abastecer seu estoque, com recursos encaminhados pela gestão passada, uma vez que o repasse para a nova gestão só ocorre no segundo ou terceiro mês do ano.
“As escolas deveriam ser entregues para nós com estoque de material de limpeza, com estoque de material pedagógico, e o pátio todo limpo para iniciar as aulas. O que ocorreu? Das 173 escolas, 98 não tinham no estoque nem um rolo de papel higiênico. Não tinha no estoque nem um caderno. Isto é uma situação que os novos diretores não têm como resolver, porque eles teriam que ter recebido a escola abastecida”, explicou.
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