Um grupo do Partido dos Trabalhadores (PT) apresentou nomes de pré-candidatos aos cargos majoritários para as eleições deste ano. Agora, a missão é tentar convencer as demais lideranças petistas e de outros partidos que compõem a federação a necessidade de apresentar um projeto de oposição ao atual governo e para assegurar um palanque para uma possível candidatura de Lula à presidência em Mato Grosso.
Essa discussão deve expor, mais uma vez, as divergências internas do partido que, “historicamente”, enfrenta batalhas para tentar chegar a um consenso. Além disso, tem o debate com as demais legendas do “casamento” – PcdoB e PV - que deve despontar a divergência.
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Em coletiva realizada na manhã desta quarta-feira, 25 de maio, foram apresentados James Cabral, ex-candidato a prefeito de Cáceres e irmão do deputado Lúdio Cabral, ao Senado, Domingos Sávio Garcia e Reginaldo Araújo, professores universitários, ao governo.
O deputado Lúdio Cabral, líder desse movimento, ressaltou que é contrário à federação e lembrou da luta para que a união não acontecesse por entender que funcionaria como “Cavalo de Tróia” e “presente de grego” aos diretórios estaduais. Ele ressalta que o PCdoB é um partido parceiro e que não “dissintonia” da ideologia do PT. No entanto, lembra que o PV era “ligado” ao movimento bolsonarista.
“Nós precisamos de uma candidatura que tenha histórico de luta e de enfrentamento cotidiano do bolsonarismo. Nós não podemos ter candidato ao governo que tenha dúvida de que lado está. O candidato dessa federação terá que ser candidato do Lula e terá que fazer campanha aberta pro Lula e enfrentar o bolsonarismo. Na nossa opinião o PT tem as melhores condições para fazer isso”, defendeu.
Contrário ao Stopa - Durante a coletiva, Reginaldo Araújo não poupou críticas ao vice-prefeito de Cuiabá e presidente estadual do PV, José Roberto Stopa, que deve ser o nome ao governo que será discutido entre a federação.
"Stopa, há dois meses, dizia que estava incomodado do PV estar fazendo uma federação com o Lula. Ou seja, na nossa leitura, nós temos que tomar muito cuidado para trazer esse político para liderar um projeto que vai se colocar contra o bolsonarismo", comentou.
Domingos Sávio Garcia, outro pré-candidato do PT, disse que o partido quer uma candidatura de peso para encarar Mauro Mendes na corrida pelo Paiaguás e que o vice de Cuiabá não está na lista dos nomes.
‘‘Olha, eu não nomearia (o Stopa), mas quero deixar claro que na nossa opinião a federação tem que ter um candidato pra valer, um candidato que do ponto de vista dos trabalhadores, do povo de Mato Grosso, apareça claramente como candidato de oposição à política de Mauro Mendes” comentou.
Embora Domingos tenha usado de meias palavras para dizer que Stopa não é o melhor nome da federação para disputar a candidatura do governo, seu colega Reginaldo expôs uma opinião bem mais contrária ao vice-prefeito de Cuiabá.
“Na nossa opinião, o Stopa não é um sujeito que tem esse acúmulo para fazer o enfrentamento a um projeto que nós sabemos que tinha um propósito lá atrás de destruir o PT, destruir as discussões e a história que o PT fez no governo federal", comentou.
*Repórter no local
*Estagiário sob a supervisão do editor Tarley Carvalho