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Política Quarta-feira, 06 de Abril de 2022, 11:36 - A | A

Quarta-feira, 06 de Abril de 2022, 11h:36 - A | A

VIRA-CASACA

PSDB vê "briga" por espaço na base de Mauro e cogita migrar para a oposição

Tucanos pretendem observar as articulações para ver onde encontram melhores condições para "construir seu ninho"

Gabriel Soares

Editor-Chefe | Estadão Mato Grosso

Rafael Machado

Repórter | Estadão Mato Grosso

‘Integrante da base do governador Mauro Mendes (União Brasil) desde o começo do mandato, o PSDB pode mudar de lado nas eleições deste ano, a depender das condições criadas pela oposição para viabilizar uma candidatura ao governo. A afirmação foi feita pelo presidente estadual da sigla, deputado Carlos Avallone, em conversa com jornalistas na manhã desta quarta-feira, 6 de abril.

Avallone afirmou que há uma dificuldade de encontrar espaço ao lado de Mauro, pois parece haver um ‘racha’ entre a base para a definição da chapa majoritária, em especial quanto ao candidato que irá disputar a única vaga no Senado Federal. Diante disso, ele admite que o partido pode mudar de lado se encontrar mais espaço para articulação em uma chapa de oposição.

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“Se houver uma candidatura de oposição que coloque algumas propostas de contas públicas e coisas que a gente entenda que é possível apoiar uma candidatura de oposição, onde a gente participe da montagem dela, nomes na chapa majoritária, como temos o Nilson Leitão e o Francis Maris, que hoje tá como deputado estadual, mas pode ser alçado a um cargo majoritário, nós podemos estar compondo. Como também podemos estar compondo com o governador Mauro Mendes”, disse Avallone.

Há coerência para o PSDB ficar em qualquer um dos lados. Atualmente, o partido está na base do governador, mas também integra a base de sustentação do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), que é um dos principais interessados em construir a candidatura de oposição a Mauro. Emanuel chegou a cogitar a possibilidade de lançar sua própria candidatura, mas recuou e colocou seu vice, José Roberto Stopa (PV) à disposição para uma articulação.

Sem perspectiva de liderar uma iniciativa para disputar o governo de Mato Grosso, os tucanos devem ficar observando as articulações para definir em qual lado da balança encontrará mais espaço para montarem seu ninho.

“O lado do Mauro tá mais complicado espaço. Já tem uma briga grande aí. Pode ser um problema pra ele fechar todo o grupo dele. Um racha aí pode favorecer essa oposição que está se articulando aí”, concluiu o deputado.

O ‘racha’ a que Avallone se refere diz respeito à candidatura ao Senado. Partidos da base de Mauro apoiam a candidatura de Neri Geller (PP), mas o governador tem se aproximado do senador Wellington Fagundes (PL), que pretende disputar a reeleição e conta com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), almejado pelos políticos mato-grossenses devido à forte influência que tem no estado.

Aliados de Mauro têm tentado encontrar uma solução de consenso, seja pela neutralidade do governador ou para incluir os dois pré-candidatos no palanque.

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