Presidente do diretório municipal do PSDB de Chapada dos Guimarães (65 km de Cuiabá), Jorge Moraes, orientou os vereadores do partido, Jarmilson Alves Murtinho, o Kinho, e a vereadora Cacilda Benedita de Siqueira, a Cidu, a votarem contra a cassação da vereadora Fabiana Advogada (PRD). Nesta terça-feira, 19 de dezembro, a Câmara Municipal, em uma sessão extraordinária, começou a leitura do parecer final da Comissão Processante, que contém 1.117 páginas que apuram uma denúncia recebida em face da vereadora por suposta infração político-administrativa.
De acordo com a denúncia realizada pelo secretário municipal de Governo, Gilberto Mello, ela estaria atuando como advogada em um processo contra a Prefeitura de Chapada dos Guimarães, o que seria proibido pela Lei Orgânica do Município, segundo os vereadores que apoiam a cassação.
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Gilberto Mello também havia denunciado a vereadora ao Conselho de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Mato Grosso (OAB-MT) e no Ministério Público Estadual (MP-MT), mas elas foram arquivadas em ambos os órgãos.
Por sua vez, Fabiana também destaca que não procedem as denúncias do secretário Gilberto, e ainda, aponta que vem sendo vítima de retaliação devido aos trabalhos de fiscalização que vem realizando contra a gestão do prefeito Osmar Froner (MDB). Foi ela quem pediu informações sobre os gastos da Prefeitura com o 36º Festival de Inverno. Segundo ela, o município teria gasto R$ 6,1 milhões com o evento. Ela também pediu informações sobre uma tenda que estaria no pátio da prefeitura e que teria custado aos cofres públicos o valor de R$ 14,7 milhões.
"Na verdade é retaliação. São vereadores da base e em uma sessão eu fiz um requerimento pedindo esclarecimento referente a uma tenda que está no pátio da prefeitura, por conta de uma matéria que saiu em que aponta que a prefeitura teria pago R$ 14,7 milhões, e realmente os vereadores da base rejeitaram o requerimento para eu não ter acesso a essa fiscalização. Trata-se de absurdo. Isso aí já está claro. É perseguição política. Não tem mais nem o que dizer, não tem discurso só de ver essa rejeição deste pedido de informação", concluiu ela.
A sessão extraordinária não tem data e nem hora certa para encerrar. Isso porque, os vereadores ainda estão no processo de leitura do documento de mais de mil páginas.