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Política Sexta-feira, 30 de Dezembro de 2022, 09:32 - A | A

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REPASSES EM RISCO

Prefeitos temem perder recursos com "encolhimento" de cidades de MT no Censo 2022

Dados do IBGE são os principais parâmetros utilizados na hora da distribuição dos recursos do FPM

Rafael Machado

Repórter | Estadão Mato Grosso

Prefeitos de cidades de Mato Grosso estão contestando os dados prévios que foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o Censo 2022. Segundo a Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), alguns números não refletem a realidade das cidades que podem ser prejudicadas por conta disso.

Segundo o presidente da AMM, Neurilan Fraga, os dados divulgados pelo IBGE são os principais parâmetros utilizados na hora da distribuição dos recursos do Fundo de Participação do Municípios (FPM).

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A entidade destaca que em uma cidade, que não foi revelado o nome, o número de habitantes divulgado pelo IBGE não chega a 4 mil. No entanto, a prefeitura tem cadastrado no atendimento das suas unidades de saúde, mais de 5 mil usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

Fraga destaca que alguns gestores municipais relataram que, pelo número insuficiente de recenseadores, pela quantidade de domicílios fechado e pelo significativo número de pessoas que não quiseram responder a pesquisa, por medo de perder benefício social, mesmo com o apoio das prefeituras, parte da população não foi recenseada.

“Com isso, os dados divulgados e informados ao Tribunal de Contas da União, não refletem a realidade total desses municípios”, destacou.

Ele ainda comentou que as cidades em que os gestores têm percebido o crescimento de novos moradores é muito maior do que o levantamento prévio.

“E esses municípios têm recebido praticamente todos os meses, migrantes de outras regiões do estado e mesmo do país, em função da sua economia pujante e pelas oportunidades de negócios e trabalhos”, disse.

Fraga adiantou que, mesmo sabendo que o IBGE já tenha informado que os recenseadores vão continuar as atividades para concluir o censo até fevereiro de 2023, há uma grande preocupação dos gestores.

“Nós iremos procurar o superintendente estadual do IBGE em Mato Grosso, no sentido de que todos os domicílios sejam de fato recenseados, principalmente, quando ficarem demonstradas evidências de que houveram falhas no recenseamento daquele município. Também não poderíamos deixar de nos preocupar com os municípios que tiveram a população diminuída nos últimos 12 anos, desde a realização do último censo em 2010”, observou.

Dados prévio

O IBGE divulgou nesta semana dados prévios sobre o número de habitantes no país. No Brasil vivem mais de 207 milhões de pessoas, sendo que 3.784.239 estão em Mato Grosso.

A cidade que tem o maior número de moradores é Cuiabá com 694.244. (Com informações da assessoria da AMM)

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