O secretário de Educação Alan Porto justificou que a redução de profissionais da Rede Estadual de Educação em 2025 segue normas do Governo Federal. Porto esteve nesta quarta-feira, 13 de novembro, na sessão ordinária, para explicar a Portaria nº 1.138/2024/GS/SEDUC/MT, que reduz o número de cargos e funções nas unidades escolares. O encontro foi promovido pelo deputado estadual Lúdio Cabral (PT).
Os profissionais taxaram como trabalhos análogos à escravidão que atingem áreas essenciais, como: limpeza, nutrição, vigilância, técnicos administrativos, educacionais e coordenadores pedagógicos.
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“Tudo é regulamentado por normas, por instrução normativa. Todas as orientações que a gente está seguindo para a limpeza, para merendeira segue orientações e normas do próprio Governo Federal, que regulamentou todas essas atividades. Inclusive para ambientes escolares. Então, o que o Estado está colocando dentro de portaria, tem fundamentação legal, ter orientação técnica, ter normas. Ninguém inventou nada”, disse.
A sessão contou com a presença de profissionais da educação que protestaram contra as novas medidas anunciadas. Porto falou com os jornalistas sobre a falta de educação durante sua fala.
“Ouve educação por parte do sindicato na minha fala? Não houve! É sobre isso que estou falando. Como que o sindicato quer dialogar com a gente? Não deixavam a gente falar. Pessoas têm que ter o mínimo de respeito. Imagina um profissional daquele ter educação dentro da sala de aula”, falou.
Lúdio convocou a sessão na semana passada, em atendimento à revolta dos profissionais da Educação.
“Objetivamente, são parâmetros desumanos, um profissional da limpeza, só um, ficar responsável por 600 metros quadrados. É como se ele fosse ficar responsável por cuidar de seis casas de 100 m² cada uma na sua jornada normal de trabalho. Escolas com centenas de alunos. O técnico em nutrição, que é o merendeiro, a merendeira, sozinho, cozinhar, servir. Depois, limpar os utensílios de uma cozinha para 250 alunos. É como se um restaurante que atendesse 25 pessoas numa refeição tivesse apenas um cozinheiro, que fosse, ao mesmo tempo, garçom e depois limpasse esses utensílios. É absurdamente desumano”, declarou Lúdio.