O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), voltou a dizer que irá continuar 'brigando' para que a população seja ouvida na escolha do novo modal de transporte público a ser implantado em Cuiabá. Ele reiterou ser favorável à proposta apresentada por seu filho, o deputado federal Emanuel Pinheiro Neto, "Emanuelzinho" (PTB), de se realizar um plebiscito. Os comentários foram feitos nesta manhã segunda-feira (08) no Palácio Alencastro.
Emanuel falou que atualmente uma pequena casta que não utiliza o transporte público quer definir o futuro dos usuários sem abrir diálogo com a população.
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"Apresente o estudo, não tem estudo. Induziram até o procurador ao erro, estão decidindo sem estudo nenhum. Apresente para a população, vamos trazer à luz os estudos a partir de agora e deixar na mão do mais interessado que é a população. No momento, uma pequena casta quer decidir o futuro de milhares de pessoas que usam o transporte público, mas essa pequena casta não anda de ônibus, não anda de VLT, então vamos deixar a população que utiliza o transporte público decidir o que é melhor para ela", falou Emanuel.
A Procuradoria-Geral de Justiça se mostrou favorável à construção do BRT se baseando em estudos apresentados pelo governo de Mato Grosso. Pinheiro revelou que respeita a decisão do procurador, mas salientou que não existe nenhum estudo e até a Procuradoria está sendo levada ao erro.
O gestor municipal explanou que a decisão do modal não cabe exclusivamente ao governador, ao prefeito de Cuiabá ou Várzea Grande e nem aos prefeitos da baixada Cuiabana. Em sua avaliação, a decisão deve ser da população e, desde então, a Prefeitura se mostrou favorável a deixar a discussão nas mãos do povo, e que mesmo sendo favorável ao VLT, não será escravo do modal e sim deixar para os munícipes escolherem.
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Eduardo Botelho (DEM), após uma audiência pública que aconteceu na semana passada no Parlamento estadual, se mostrou contrário à realização do plebiscito. Para ele, aguardar a consulta popular atrasaria o início das obras para implantação do BRT.
"É quase o fim do mundo o presidente da Assembleia falar isso. Vou conversar com o presidente Botelho, pois não tem sentido justificar isso. Noventa dias de espera se o plebiscito for aprovado não é nada para quem já aguarda há 9 anos. É a forma da população ver e escolher qual o melhor modal, se BRT ou VLT", rebateu Emanuel o posicionamento de Botelho.
