O governador Mauro Mendes (União) disse que existe um movimento orquestrado pelos seus adversários políticos e por um grupo de comunicação do Estado que estaria pressionando os deputados estaduais a instaurarem uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as áreas da Saúde e Meio Ambiente. Mendes já se posicionou contrário ao início da investigação legislativa alegando que todos os apontamentos feitos pela Operação Espelho estão sendo investigados pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT).
Ele chegou a avaliar que abertura de uma CPI seria uma atitude politiqueira já que não coaduna com erros na gestão, no entanto, reforçou que não tem medo caso os parlamentares querem investigar sobre o assunto.
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“É muito ruim a gente perder o tempo do governo com esse tipo de atuação. Eles não conseguem com fatos reais. Se tem problema, a polícia está investigando. Tanto que ela investigou e já denunciou 22 empresas que estão na mão do Ministério Público para tomar as providências. Se fizer uma CPI, ela vai entregar para o Ministério Público. Eles estão chamando a polícia de incompetente, é isso? Eu acredito muito na nossa polícia. Ela está agindo com isenção”, destacou em entrevista à imprensa nesta terça-feira, 05 de setembro.
“O governo não interfere absolutamente em nada. E nós temos a tranquilidade de saber que esse é um movimento orquestrado por adversários políticos e pelo Grupo de Comunicação Gazeta”, complementou.
Segundo o governador, os deputados receberam uma mensagem de um jornalista que estaria pressionando os parlamentares da base que, caso não se posicionassem sobre o assunto, seriam expostos. Mauro disse que confia na maioria dos parlamentares e espera que eles não caiam no “jogo de interesses” de seus adversários.
“A Assembleia que está sendo um pouco conivente com a situação, a polícia que está muito dura a pedido do próprio governo. Veja bem, o papel da Assembleia, qualquer probleminha que tiver no governo vai ter que abrir 200 CPIs. Porque probleminhas pequenos, médios, grandes, nós temos todos os dias. E o que aconteceu daquela operação são fatos de 2018 para trás. A Assembleia vai abrir uma CPI para investigar fatos de 2018 para trás?”, questionou.
Os deputados articulam a instauração da comissão na área da Saúde para apurar os fatos que estão sendo investigados no âmbito da operação Espelho. A ação teve início após a Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) receber uma denúncia de que a empresa contratada para fornecer médicos plantonistas para o Hospital Metropolitano, em Várzea Grande, estaria disponibilizando número de médicos menor do que o contratado. A investigação constatou que essa empresa fazia parte de um cartel dedicado a fraudar licitações e contratos em todo o estado.
Em relação ao Meio Ambiente, os parlamentares querem apurar as licenças emitidas pela pasta, principalmente em relação ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) e de estudos de impacto ambiental.
