O governador Mauro Mendes (DEM) garantiu que deve apresentar uma decisão sobre o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em breve. Prometida para a Copa do Mundo de 2014, as obras do modal, que já consumiu mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos, estão paralisadas há quase seis anos e deixou uma cicatriz nas principais vias de Cuiabá e Várzea Grande.
Durante coletiva, Mendes comentou que estão finalizando as discussões em torno do assunto e que nas próximas semanas ou meses deve comunicar o resultado do estudo. Mendes disse que a pandemia do novo coronavírus e a troca de comando da Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana, do Ministério do Desenvolvimento Regional, dificultou o debate. Além disso, ele destacou que questões jurídicas também “emperram” uma decisão.
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“Esse ano foi muito prejudicado, eu falei isso algumas vezes. Trocou muito o secretário nacional de mobilidade urbana, que fazia parte, é uma decisão extremamente complexa, muito complexa, porque tem várias ações na justiça, o contrato foi rescindido por prática de corrupção já confirmado pelo TJ [Tribunal de Justiça] de Mato Grosso e pelo STJ [Superior Tribunal de Justiça], é uma solução bastante complexa”, ressaltou durante coletiva nesta terça-feira (1°) durante assinatura da ordem de serviço do novo Hospital Universitário Júlio Müller.
Ele ainda criticou quem fica cobrando uma decisão pelas redes sociais, ele comentou que o assunto é complexo e que sua equipe estão debruçados sobre estudos sobre o que fazer e quais são alternativas.
“Fácil é fazer postinho e falar: ‘termina governador, não termina governo”. Quem fala isso não tem compromisso com nada, então dão suas opiniões e na democracia nós temos que respeitar isso”, disse.
O governador destacou que a análise está na reta final e que nos próximos dias deve apresentar o “veredito final” técnico.
“Estamos caminhando para uma reta final, eu acredito que nos próximos meses, semanas nós deveremos ter veredito final que acima de tudo é técnico, é aquilo que é melhor para Mato Grosso assim como fiz uma análise técnica e econômica aqui [novo Hospital Universitário Júlio Müller] o que era melhor para Mato Grosso resolvemos concluir essa obra apesar dos problemas, da distância nós estamos fazendo essa mesma análise com o VLT o que é técnica e economicamente”, comentou.
Defesa pela continuidade – Um dos defensores da retomada da obra, senador Wellington Fagundes (PL), disse que o governo deve buscar uma solução jurídica primeiro para ter autonomia para retomada da construção do modal.
Ele comentou que caso o Estado decida não concluir o VLT terá que devolver ao Governo Federal mais de R$ 1 bilhão, valor que foi gasto para fazer parte do projeto.
“Se não dar continuidade a obra, o Estado terá que devolver mais de R$1 bilhão, valor corrigido na época, então o Estado tem que buscar uma solução jurídica primeiro, ter autonomia e liberdade por parte da Justiça. Penso que não concluir será muito difícil, economicamente será ruim”, destacou.
Ele comentou que nos próximos anos o governo deve receber cerca de R$ 1,6 bilhão referente a compensação da Lei Kandir, proposta que ainda está sendo discutida no Congresso.