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Política Quinta-feira, 13 de Junho de 2024, 11:58 - A | A

Quinta-feira, 13 de Junho de 2024, 11h:58 - A | A

CONFUSÃO NO HOSPITAL

Médico acusa vereador de fazer barraco em UTI e pede cassação à Câmara

Gabriel Soares

Editor-Chefe | Estadão Mato Grosso

Fernanda Leite

Repórter | Estadão Mato Grosso

O médico Marcus Vinícius Ramos de Oliveira apresentou à Câmara de Cuiabá um pedido de cassação do mandato do vereador Marcrean Santos (MDB), líder do prefeito no Legislativo, devido a uma confusão ocorrida no Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC) no último domingo, 9 de junho. O pedido de cassação foi lido em plenário nesta quinta-feira, 13 de junho.

Marcrean já havia feito denúncias contra o médico na última terça, 11, em conversa com jornalistas na Câmara. Ele acusou Marcus Vinícius de dormir durante seu plantão e afirmou que iria denunciá-lo ao Conselho Regional de Medicina (CRM-MT).

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Já o médico apresentou à Câmara, junto com o pedido de cassação, um boletim de ocorrência registrado contra Marcrean, alegando que o vereador causou tumulto na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do antigo Pronto-Socorro. Segundo Marcus Vinícius, Marcrean teria tentado dar uma "carteirada" para conseguir informações sobre uma paciente que estava em tratamento na UTI 2.

“Registramos que agindo em total dissonância com suas atividades parlamentares, afirmo, invadiu o ambiente de trabalho desse profissional da medicina que ali desempenhava suas atividades laborais”, diz o documento.

O médico afirma que Marcrean teria se revoltado ao ser informado de que as informações só seriam repassadas à família e no horário previsto para tal, no período da tarde, pois os profissionais estavam ocupados com o tratamento dos pacientes.

Ainda segundo o médico, Marcrean teria ameaçado telefonar para o secretário Municipal de Saúde e outras pessoas da Secretaria de Saúde de Cuiabá, na tentativa de intimidá-lo. Além disso, ele acusa o vereador de mentir para a família da paciente, dizendo que o médico estava dormindo durante seu plantão.

“Ainda no seu destempero e despreparo proferiu ameaças aos gritos como forma de me intimidar para que conseguisse informações de seu interesse pessoal, fora do horário estipulado para tal e uma afronta aos trabalhadores dessa Unidade de Saúde, ferindo mortalmente o previsto no Art. 331 do Código Penal Brasileiro”, pontuou.

Aos jornalistas, Marcrean negou que tenha desacatado o médico ou feito qualquer tipo de ameaças. O vereador afirmou que encontrou Marcus Vinícius dormindo em seu horário de trabalho e que pretende denunciá-lo ao CRM. Ele também afirmou que foi o médico quem agiu de forma ‘mal-educada’, se negando a fornecer informações sobre o estado de saúde da paciente.

O presidente da Comissão de Ética, Rodrigo Arruda e Sá (PSDB), afirmou que ainda não tinha conhecimento dos detalhes sobre o caso e que iria analisá-lo antes de fazer qualquer apontamento sobre a possibilidade de abertura de um processo contra Marcrean.

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