O corregedor da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), informou nesta terça-feira, 5 de setembro, que já concluiu o relatório sobre o processo disciplinar contra o deputado Gilberto Cattani (PL), por quebra de decoro devido à acusação de falas misóginas, ao comparar mulheres a vacas. Com o documento concluído, os membros da comissão vão se reunir para debater o parecer do corregedor antes de enviar para votação no plenário.
Russi não adiantou o resultado. Aos jornalistas, ele comentou que espera a presidente do colegiado, deputada Janaina Riva (MDB), agendar a reunião para votar o seu parecer. Caso seja analisado até a manhã de quarta-feira, 06 de setembro, o relatório será apresentado para análise e votação no plenário ainda esta semana.
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“Já está pronto, agora estou aguardando só a deputada Janaína marcar a reunião pra gente fazer a votação do parecer”, disse Max.
A representação contra Cattani foi protocolada pela presidente da Comissão da Mulher da OAB, Glaucia Amaral, e pela defensora pública-geral Maria Luziane, pedindo a abertura de um procedimento ético contra Cattani por quebra de decoro parlamentar. As entidades também pediram que seja investigada possível prática de discriminação contra mulheres e/ou desobediência aos deveres previstos na Constituição do Estado.
FATO NOVO
Um novo pedido de investigação contra Cattani foi encaminhado para análise da Comissão de Ética. Desta vez, a vereadora por Cuiabá, Maysa Leão (Republicanos), pede adoção de medidas da Casa contra o deputado por publicar e manter em suas redes sociais um vídeo em que debatem sobre penalidades a estupradores. Segundo ela, a publicação resultou em uma onda de ameaças contra ela e sua família.
A vereadora esteve na Assembleia Legislativa na segunda, 4, pedindo que a Procuradoria da Mulher tome alguma providência contra o deputado Gilberto Cattani, que ainda mantém uma publicação nas redes sociais. Segundo Maysa, o vídeo foi editado de forma a deixar a impressão de que ela defende os estupradores.
No documento, assinado por 15 vereadores e entidades, Maysa pede que o Legislativo estadual apresente alguma resposta sobre o assunto, como, por exemplo, a abertura de uma comissão processante para apurar possível quebra de decoro parlamentar de Cattani por manter o material, que está resultando em violência virtual.
“Eu não recebi nada, é difícil você falar sem você ter os documentos. Parece que foi encaminhado à deputada Janaina. Assim que ela encaminhar pra mim, eu vou analisar o que foi feito, o que foi denunciado, o que foi submetido, pra gente tomar uma decisão”, garante Max.