Ao defender a implantação do BRT (Ônibus de Transporte Rápido), o governador Mauro Mendes (DEM) disse que o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) é “filho da corrupção e defender isso, é defender a corrupção”.
“Desde o início esse negócio nasceu com propina, quem defende isso [o VLT]? Foi gestacionado no seio da corrupção, manter isso, defender isso, é defender a sobrevida da corrupção. Em Mato Grosso nós temos dois grandes símbolos da corrupção, um todos sabem qual é, o outro é o VLT”, destacou, durante entrevista à rádio CBN nesta quarta (13).
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O governador explicou que os primeiros estudos técnicos apontavam que o BRT era a “melhor alternativa” e mais eficiente para ser construído em Cuiabá. No entanto, após decisões políticas, a opção foi alterada para o VLT.
“De repente aparecem os iluminados da época, vocês sabem de quem estou falando e quais objetivos que eles tinham, que era roubar o Estado de Mato Grosso e roubaram muito e quem falou isso não fui eu não, estou repetindo aqui aquilo que o ex-governador [Silval Barbosa] já confessou em delação premiada", disse.
Ele ainda pontuou que duas servidoras federais foram condenadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por terem inserido um laudo falsificado no processo que resultou na troca do BRT pelo VLT. Lembrou ainda que o contrato com o Consórcio VLT foi rescindido na gestão de Pedro Taques e que as tentativas para derrubar a decisão foram negadas pela Justiça.
“Como é que eu vou terminar a obra de uma construtora, de um sistema de trem complicado e eu não posso contratar esse fabricante?”, questionou.
COMPARAÇÃO - Mauro Mendes disse que o BRT é tão moderno quanto o VLT. Ele comentou que os ônibus do BRT são elétricos, movidos a bateria, têm ar-condicionado e acessibilidade. Já no VLT, o governador comenta que o trem é movido a um cabo aéreo, comparando com os bondinhos.
Ele ainda falou sobre o preço da passagem. No VLT, o valor estimado da tarifa é de R$ 5,28, já o BRT é R$ 2,28 mais barato. Além disso, Mauro comparou os investimentos para conclusão das obras. Para o VLT seria necessário mais R$ 763 milhões, quando para o BRT o valor seria de R$ 430 milhões.
“A única diferença entre os dois é que um roda sobre pneus e outro roda sobre trilhos, você quer pagar mais caro só pra dizer que você está andando sobre trilhos? E na hora de expandir essa rede? A dificuldade de expandir o VLT é gigante, vai custar muito mais caro no futuro, ao passo que o BRT é muito mais simples”, comentou.
Sobre as críticas que vem recebendo sobre a mudança do modal, principalmente do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), o governador pediu para que os críticos façam uma lista de argumentos técnicos para debater a troca.
“Façam um rol, uma lista de argumentos técnicos se quiser vim discutir, agora com blá blá blá conversa fiada, explique os motivos, porque que são contra a maioria é favor”, pontuou.
