O União Brasil pode perder até quatro deputados estaduais, caso o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, decida migrar para outra sigla em busca de condições para lançar sua candidatura a prefeito de Cuiabá. A informação foi revelada pelo deputado estadual Júlio Campos (União), durante conversa com jornalistas nesta sexta-feira, 21 de julho, na inauguração do Mercado do Porto.
Campos comentou que existe um compromisso firmado entre os deputados estaduais do União para acompanhar Botelho. Atualmente, o União Brasil tem uma das maiores bancadas da Assembleia. Além de Botelho e Campos, o grupo inclui Dilmar Dal Bosco e Sebastião Rezende.
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“Nós temos um pacto, os deputados estaduais, os quatro deputados da União Brasil... têm um pacto firmado, assinado, de que para onde o deputado Botelho ir a ser candidato, nós estaremos juntos”, afirmou.
Desse grupo, Dal Bosco já é cotado para deixar o partido há algum tempo. Ele tem sido sondado para assumir a presidência do Mais Brasil, partido que será criado com a fusão do PTB e Patriota. Já o deputado Júlio Campos é um personagem histórico do União, desde os tempos do PFL, mas tem enfrentando alguns atritos dentro do diretório atual.
Aos jornalistas, Júlio Campos afirmou ainda que Botelho deve realmente migrar para outra sigla caso não encontre espaço no União para seu projeto. Ele disse ainda que, se realmente existir um acordo entre o governador Mauro Mendes, atual presidente da sigla, e o secretário Fábio Garcia para a disputa à Prefeitura, Botelho não encontraria esse espaço.
“Se há um compromisso do governador com o Fábio Garcia, dificilmente pela União Brasil ele [Botelho] teria condição de disputar, já que o governador tem o controle total do partido aqui em Mato Grosso”, pontuou.
Vários partidos têm assediado o presidente da Assembleia, oferecendo condições para ele seguir em frente com seu projeto de candidatura. Entre eles está o PSD, do ministro Carlos Fávaro, que vê na candidatura de Botelho uma possibilidade de cumprir a meta do Diretório Nacional de ganhar as eleições nas capitais.
“Se ele fazer o convite, como já fez e está reiterando, os convites para que o deputado Eduardo Botelho migre para o PSD e tenha garantida a sua candidatura registrada no Tribunal Eleitoral, automaticamente o Botelho tem essa possibilidade, total, se não houver consenso na União Brasil, até de migrar”, avaliou Júlio.
