A implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá continua causando uma “tempestade” de informações. Nesta tarde de quinta-feira, 18 de janeiro, a senadora em exercício Margareth Buzetti (PSD) afirmou que o Ministério das Cidades sequer analisou o projeto do modal. Ela acompanhou o governador Mauro Mendes (UB) numa reunião com o ministro Alexandre Padilha ontem (17), mesmo dia que o prefeito Emanuel Pinheiro e o deputado federal Emanuelzinho, ambos do MDB, anunciaram as tratativas.
“Foi anunciado que teriam R$ 4,968 bilhões inseridos no PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]. O que tem é um papel que eles entregaram e nem analisado foi. Agora, eles [ministério] estão vendo questão de encostas, alagamentos e favelas e não tem nada oficial até agora”, afirmou.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
De acordo com a senadora, além de pedir por informações do Ministério das Cidades acerca da implantação do VLT, o governador aproveitou para informá-lo que está fazendo as obras do BRT (Ônibus de Transporte Rápido, em tradução livre), estando essas em 30% e sem recursos federais.
Questionada sobre a possibilidade de a capital mato-grossense poder contar com dois modais, Buzetti afirmou que a cidade não tem população para essa demanda.
“Nós não temos ônibus para fazer integração. Quem que vai subsidiar isso é quem trabalha, é o trabalhador... quantos milhões tem o Rio [de Janeiro] de habitantes? Quantos milhões tem São Paulo de habitantes e quantos milhões tem Cuiabá? Um milhão em Cuiabá e Várzea Grande! Para levar quem? Quem vai pagar? É o trabalhador de paga, é isso. A questão é essa! [...]Não adianta nós querermos ser o que nós não podemos ser”, disse a senadora.
Na tarde de quarta-feira, Pinheiro e Emanuelzinho divulgaram um vídeo afirmando que estiveram reunidos com o Ministério das Cidades para acertar detalhes sobre o modal, cujo custo estaria estimado em R$ 4,9 bilhões.