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Política Quarta-feira, 29 de Janeiro de 2025, 09:19 - A | A

Quarta-feira, 29 de Janeiro de 2025, 09h:19 - A | A

AMEAÇA DE ROMPIMENTO

Mauro Mendes diz que não vai mais "chutar data" para entregar BRT em Cuiabá e VG

Fernanda Leite

Repórter | Estadão Mato Grosso

O atraso nas obras de implantação do BRT (Bus Rapid Transit) parece ter se tornado um dos maiores problemas para o governador Mauro Mendes (União) resolver em sua gestão. Agora, ele decidiu não dizer uma nova data para entregar o modal. A previsão do Governo do Estado era concluir a obra em 2024, mas o prazo mudou para 2025 e, agora, está sem previsão. Quem passa pela Avenida Historiador Rubens de Mendonça, a Av. do CPA, reclama da total ausência de trabalhadores no local.

Em entrevista à rádio Jovem Pan Cuiabá nesta terça-feira (29), o governador criticou o desempenho do Consórcio BRT, ao qual ele classificou como horrível, e ameaçou, mais uma vez, romper o contrato caso a situação não se regularize em breve. Porém, ele ressalta que essa é a 'última alternativa', pois poderia atrasar ainda mais a entrega do modal.

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"O que podemos fazer é cobrar, fiscalização em cima, pagar em dia. Agora, romper contrato é um caminho doloroso, demora muito tempo, e evita-se isso. As empresas que trabalham em Mato Grosso estão com dificuldades em cumprir o cronograma. Eu desconheço uma empresa, deve ter, porque são milhares de obras que estamos fazendo. Algumas atrasam um pouco e a gente vê que estão se esforçando e a obra andando. É melhor atrasar um ou dois meses do que romper o contrato, que pode demorar e atrasar um ou dois anos. A gente tem essa experiência e sabe disso. Aqui [BRT] extrapolou o limite, e a expectativa é resolver o problema e estabelecer um cronograma. Eu não consigo chutar um cronograma. Já deveria estar pronto, mas infelizmente não tá", lamentou. 

Mendes afirma que o Governo do Estado já está no limite de tomar uma decisão radical contra o Consórcio Construtor BRT Cuiabá. Porém, o governador irá consultar o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) e outros órgãos, para tomar decisões maduras com relação às empresas. Segundo ele, em breve haverá um desfecho para a situação.   

"Estamos apertando muito a empresa do BRT. Só este ano, fiz 4 reunião com a equipe técnica e estamos no limite para tomar uma decisão. Só que estas decisões têm que ser bem fundamentadas. Eu, como governador, e o Governo não podemos tomar decisões no afogadilho e depois fazer uma bobagem e o Estado ter que indenizar uma empresa dessa. Vamos conversar com o TCE e com quem é devido neste momento e tomar uma decisão madura e segura para ter um desfecho", disse.

"O desempenho está horrível da empresa. O Governo do Estado paga literalmente em dia, mas eles não conseguem produzir. Tem suas dificuldades, mas isso é um  problema deles, a gente pode até entender, mas isso é um problema deles. Nós contratamos para resolver problemas, e não para ficar justificando os problemas. Estamos finalizando tratativas internas e, em breve, teremos um desfecho propositivo que eles melhorem de vez ou até mesmo um rompimento de contrato", concluiu. 

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