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Política Segunda-feira, 06 de Maio de 2024, 07:00 - A | A

Segunda-feira, 06 de Maio de 2024, 07h:00 - A | A

"INCOERÊNCIA"

Mauro diz que Cacique Raoni quer explicar posicionamento contra a Ferrogrão

Governador vê incoerência da liderança indígena, já que Raoni lhe pediu asfalto até dentro de aldeias em MT

Thiago Portes

Repórter | Estadão Mato Grosso

O governador Mauro Mendes (União) revelou que o Cacique Raoni, principal liderança indígena em Mato Grosso, quer uma reunião para explicar sua fala contra a construção da Ferrogrão durante um evento internacional com a presença do presidente da França, Emmanuel Macron. Mauro contou que ficou sabendo do interesse de Raoni por meio de pessoas próximas ao indígena.

Em conversa com jornalistas, Mauro disse que viu com ‘estranheza’ a fala do cacique contra a Ferrogrão, justamente em um evento com a presença de Macron. Ele classificou Raoni como “longa manus” do governo francês, uma espécie de agente político atendendo a outros interesses.

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“Vimos ele saindo de uma reunião com o Macron e aí começa a falar mal da ferrovia. Ficou muito estranho isso. Ficou parecendo que ele estava de longa manus ali, um porta-voz do Macron. Recebi de algumas pessoas que ele quer vir aqui falar comigo e quer vir explicar com relação a essa questão da ferrovia”, disse o governador.

Mauro classificou a fala do cacique como uma incoerência e lembrou que Raoni já lhe pediu que levasse asfalto às terras indígenas do Xingu, em Mato Grosso. Na ocasião, o cacique disse que o asfalto seria “bom para índio”.

“Tem gravado isso. Lá em Peixoto de Azevedo, no dia em que nós estávamos em uma roda. Um índio traduzindo e ele falando: governador, faz asfalto ali na 322, entra lá dentro, asfalto é bom para índio. Está gravado”, pontuou.

Mauro lembrou que o projeto da Ferrogrão não prevê um traçado próximo a terras indígenas e que sua construção desmatará uma área pequena, pois a ferrovia deve acompanhar a BR-163 até Miritituba, no Pará.

“Acho uma incoerência. Já mostrei, os argumentos são amplamente favoráveis a ferrovia, não passa em nenhuma reserva indígena. Praticamente 90% do traçado ao longo da BR-163, na fase de servidão, não vai desmatar quase nada”, finalizou.

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