O governador Mauro Mendes (União) descartou o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) dos servidores públicos estaduais acima da inflação, alegando impacto de mais de R$ 800 milhões na folha do Estado. Mauro disse que o percentual será de 4,83% e o projeto será encaminhado na próxima semana à Assembleia Legislativa (ALMT). Ele fez a declaração nesta sexta-feira, 10 de janeiro.
“4,83% significa mais de R$ 800 milhões na folha do Estado. Nós já noticiamos essa semana, mostramos aos secretários que nós já entramos em um limite prudencial. Nós sabemos que temos tantas e tantas outras responsabilidades. Entendo o lado dos deputados de ficar falando ali, mas eu como Executivo faço o que é certo. O certo é dar o RGA e vai ser dado pronto e acabou”, disse.
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Na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025, o Governo fez a previsão de que a RGA ficasse em 4,1%. Porém, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou o ano acima do previsto inicialmente, com alta de 4,83% estourando teto da meta, devido à escalada da inflação nos últimos meses.
Em 2024, a inflação teve alta de 4,83%, acima do teto da meta da inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta para o ano era de 3% e seria considerada formalmente cumprida se ficasse em um intervalo entre 1,5% e 4,5%.
“Nunca alguém falou diferente disso, conversou merd*, falou abobrinha e o correto é dar o RGA de 4,83%, que vai ser encaminhado na semana que vem para a Assemblei Legislativa”, disse Mendes.
Futuro presidente da AL, o deputado estadual Max Russi (PSB) defendeu que o Governo do Estado apresente uma proposta de RGA acima do índice oficial de inflação, oferecendo ganho real aos salários dos servidores públicos. Max explicou que o projeto ainda não foi encaminhado à Assembleia Legislativa, mas será colocado em pauta assim que for enviado pelo governo.
