O governador Mauro Mendes (União) comentou que firmou compromisso com o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, para apoiá-lo caso seja candidato a prefeito de Cuiabá nas eleições de 2024. Mauro comentou que antes de fazer esse “acordo”, ele procurou outras lideranças do União Brasil que não demonstraram interesse em participar do pleito, como o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho, que, atualmente, disputa com Garcia espaço para ampliar seu projeto político para o próximo ano.
“No ano passado, o presidente Botelho falou comigo algumas vezes sobre esse tema, na época da campanha, e ele disse que ele não era candidato, que não seria candidato. Acabou as eleições, o Fábio Garcia falou comigo, falei com algumas pessoas mais próximas, ninguém tinha interesse, e aí eu firmei com ele um compromisso de apoiá-lo nas eleições para prefeito em 2024”, disse em entrevista à imprensa na última sexta-feira, 21 de julho.
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Mauro evita comentar sobre as decisões e conversas que ocorrem dentro do União Brasil. Nos bastidores é dado como certo que ele escolheu Garcia para assumir a Casa Civil com a possibilidade de dar mais visibilidade ao seu pupilo na capital, teoria negada pelo governador, que alega ter se embasado na proximidade que tem com o deputado.
“Falar que um político não fala de eleição futura seria uma hipocrisia. Agora, uma coisa é você falar uma vez hoje, daqui dois, três meses, esporadicamente, é igual falar que o jornalista não fala de futebol, que de vez em quando não conversa uma fofoquinha, um rame-rame. Agora, a política eleitoral, deixa no ano eleitoral. E eu só externalizei aquilo que muitos já sabiam nos bastidores da política”, declarou.
O governador, que também é presidente do União Brasil, disse que ainda não conversou com Botelho, mas reforçou que esse assunto só será discutido entre as lideranças do partido a partir do ano que vem.
“Não vou tomar nenhuma decisão agora. Só comentei isso e disse, olha, tem muita água a passar por debaixo dessa ponte, vamos aguardar, não tem que estar sofrendo por isso, não. Nem eu, nem acho que Fábio, Botelho, acho que todo mundo tem mais o que fazer aí do que ficar pensando em eleição”, frisou.
