O deputado estadual Ludio Cabral (PT), autor do PLC-36 que isentava a taxação por parte do governo de 14% sobre os salários dos aposentados, ficou decepcionado e traído com a atitude dos colegas de Parlamento em manter o veto feito pelo governador Mauro Mendes (DEM).
Segundo o parlamentar, pelas conversas de bastidores, ele aguardava pelo menos 18 votos pela derrubada do veto, já que quando o projeto foi apresentado, foi aprovado por unanimidade pelos deputados.
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“Sobre o PLC-36, a Assembleia foi covarde. Até o momento da votação eu monitorei deputado por deputado, e nós tínhamos com segurança no mínimo 18 votos para aprovar a derrubada do veto, e eu sinceramente fui surpreendido. Houve traição e covardia, e tem muito lobo em pele de cordeiro dentro dessa Assembleia Legislativa, foi uma vergonha”, disse o deputado.
Ludio ainda acrescentou que a “caneta” do Palácio Paiaguás pesou no momento dos deputados votarem e com isso a Assembleia deu mais uma demonstração de subordinação e submissão as vontades do governador.
O deputado disse que vai aguardar o governador enviar para à Casa de Leis estadual uma proposta de alíquota progressiva, como prometido pelo líder do governo na Assembleia, o deputado Dilmar Dal Bosco (DEM).
Lúdio também criticou o fato de Mauro Mendes estar sacrificando e realizando o desconto de aposentados que estão com doenças graves e terão que pagar a contribuição da mesma forma
Outro deputado que acompanhou o discurso de Ludio foi Silvio Favero (PSL), relator do caso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e disse que a Casa teria todas as condições e legalidade para para derrubar o veto do governo.
Favero falou que o plenário teve oportunidade para olhar para a população, no entanto, não olhou, e que essa situação é de tristeza.
“Fico triste, estudei e analisei bem para fazer o relatório, fui pressionado, mas não mudei o meu posicionamento, mas infelizmente a maioria decidiu pela manutenção do veto, e mostrando mais uma vez que o governo sai fortalecido e essa Casa aqui não é uma democracia”, pontuou.