O prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat (MDB), se reuniu com o governador Mauro Mendes (União), nesta segunda-feira, 04 de setembro, para debater as obras do Ônibus de Transporte Rápido, conhecido como BRT. Empresários estão preocupados com o avanço do projeto na Avenida Couto Magalhães. Eles temem que a obra quebre seus negócios, como aconteceu em muitas empresas que estavam instaladas na Avenida da FEB durante a construção da estrutura e trilhas do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
De acordo com o prefeito, um dos medos é que os estabelecimentos fiquem sem espaço para estacionamento com a implantação do corredor de ônibus.
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“Há uma discussão que tem acalorado, a gente entende e eu, como gestor da cidade, não quero o mal da minha cidade, eu quero o melhor da minha cidade. Há discussões com os empresários, às vezes, não querem que ocupe uma parte do estacionamento da Avenida Couto Magalhães, mas eu reforço também que nós não podemos esquecer de quem utiliza o transporte público, que merece um transporte público digno, de qualidade, que o trabalhador da Várzea Grande, que vem a Cuiabá para trabalhar, ele merece ter um transporte decente”, disse antes de entrar no Palácio Paiaguás à imprensa.
Kalil disse que a mudança no trajeto na cidade, incluindo avenidas que não estavam no projeto inicial, não o pegou de surpresa e que tenta, agora, resolver esse impasse para que o modal seja concluído.
Na semana passada, após pressão dos empresários, a prefeitura desautorizou que o Governo do Estado avance com as obras de implantação do BRT na Avenida Couto Magalhães. Em nota, o Executivo explicou que deu aval apenas para obras de requalificação das Avenidas da FEB e Governador João Ponce de Arruda. Para chegar à Avenida Couto Magalhães, é necessário que o Conselho da Região Metropolitana aprove o Estudo de Impacto Ambiental e Estudo de Impacto de Vizinhança.
“Ela [cidade] não foi pega de surpresa. Os estudos foram feitos para que o modal entrasse pela cidade e que também atendesse outros troncos da cidade. Veja o do Cristo Rei, a Mario Andreazza, futuramente, que ele é um veículo que pode percorrer outros troncos da cidade, até para atender com maior comodidade o usuário do transporte público. […] Toda obra de infraestrutura gera transtornos. Tem muitos moradores que moram aqui na Couto Magalhães que têm esse receio, moradores antigos, mas estamos tendo todos os cuidados necessários e há possibilidade de fazer a obra de concreto como fazer um reforço na pista”, comentou.
