O deputado estadual Júlio Campos (União) defendeu que a lei que impede que o presidente e primeiro-secretário da Assembleia Legislativa disputem eleição para qualquer cargo na Mesa Diretora seja endurecida ainda mais. A declaração foi feita na manhã desta quarta-feira, 1º de fevereiro, durante a eleição da Mesa para o próximo biênio.
A chapa que venceu a eleição deste ano foi resultado de um consenso entre Eduardo Botelho (União), presidente da AL, e Max Russi (PSB), primeiro-secretário. Ambos foram reeleitos para o mesmo cargo, pela terceira vez consecutiva.
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“Quem faz parte da Mesa Diretora deve não ser reeleito, para dar oportunidade. Nós somos 24 deputados aqui. Durante quatro anos, apenas três ou quatro ficam se vangloriando do poder e até abusando um pouco do poder”, afirmou Júlio, lembrando do ex-deputado José Riva, que comandou a Casa por cerca de 20 anos e foi envolvido em diversas investigações por corrupção.
O parlamentar ainda afirmou que “já entrou na fila” para disputar o comando da ALMT e pontuou que a deputada Janaina Riva estaria também na disputa para a próxima Mesa.
“Vamos dar uma sacolejada aqui, no futuro. Vai acontecer fatos novos daqui até 2024, uma nova eleição”, completou.
Além de defender uma ‘oxigenação’ no comando da Casa, Júlio também propôs uma reformulação institucional da Assembleia Legislativa, para atribuir funções para os demais membros da Mesa Diretora, pois hoje as decisões são concentradas nas mãos do presidente e do primeiro-secretário.
A sugestão do novo deputado é que a Assembleia siga o modelo da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, onde cada membro da Mesa Diretora é responsável por um setor da Casa.
“Cada um cuidar de um setor da Casa, como é no Senado. Eu fui primeiro-secretário do Senado, fui segundo vice-presidente do Senado, e todos nós tínhamos funções executivas dentro da Casa, cada um administrava um setor. Aqui, a Mesa Diretora se reúne de seis em seis meses. Lá era semanal: todas as terças-feiras pela manhã”, completou.