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Política Quinta-feira, 16 de Maio de 2024, 09:22 - A | A

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TRAGÉDIA A CAMINHO

Júlio alerta que seca já começou no Pantanal e pede ação urgente dos Bombeiros

Projeção feita pelo Serviço Geológico Brasileiro indica que a seca deste ano pode ser uma das mais severas da história do bioma

Gabriel Soares

Editor-Chefe | Estadão Mato Grosso

Fernanda Leite

Repórter | Estadão Mato Grosso

Líder da Câmara Setorial das Mudanças Climáticas em Mato Grosso, o deputado estadual Júlio Campos (União) afirmou que já tem conversado com o comando do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil para antecipar a operação de combate aos incêndios florestais no Pantanal. Em conversa com jornalistas nesta quarta-feira, 15 de maio, Júlio explicou que há grande preocupação pelo fato de o período de seca ter começado mais cedo este ano.

“Já conversamos com o comandante do Corpo de Bombeiros, já conversamos com o diretor da Defesa Civil, visando uma operação socorro ser montada agora e começar a funcionar agora, não esperar o incêndio chegar. Por enquanto, há muitos focos pequenos, mas daqui a um tempo pode piorar”, afirmou o deputado.

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O período de estiagem já começou no Pantanal e o cenário é de alerta para a possibilidade de uma seca severa nos próximos meses na Bacia do Rio Paraguai. Segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), as projeções apontam que o Pantanal deve enfrentar uma das piores secas de sua história neste ano. No melhor cenário projetado pelo SGB, a situação deve ser comparável a 2020, que foi a pior em 50 anos.

“Essa preocupação é muito válida, realmente. Esse ano a seca começou muito mais cedo. Eu sou pantaneiro, tenho fazenda no Pantanal e, como diz o cuiabano, esturricado, o solo já está ficando esturricado em pleno mês de maio. Já imaginou quando chegar em agosto? Então, realmente é uma preocupação”, avaliou Júlio.

O deputado também cobrou ações do governo federal para prevenir uma tragédia no Pantanal. Segundo ele, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, está deixando a desejar e tem feito ‘corpo mole’ quanto às necessidades urgentes de Mato Grosso, como a obra emergencial para restaurar o acesso a Chapada dos Guimarães pela rodovia MT-251.

“O governo federal tem que, também, tirar o pé do lodo, porque a Marina Silva só sabe fazer palestra internacional, conferência, viajar pelo mundo todo, até falando muitas vezes mal do Brasil. E, no entanto, hora que é para decidir os assuntos ambientais de Mato Grosso, ela faz vista grossa e faz... você não vê o caso da Chapada? Até hoje... Precisava de tanto tempo, o Ibama, o ICMBio e o Ministério do Ambiente ficarem estudando e não dar uma definição?”, desabafou.

A Câmara Setorial Temática (CST) das Mudanças Climáticas reúne especialistas das Universidades Federal e Estadual de Mato Grosso (UFMT e Unemat), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), Defesa Civil e Corpo de Bombeiros, entre outras instituições.

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